Antigo

Lançado em 1992, Virage 6.3 era o muscle car da Aston Martin

Marcelo Jabulas
@mjabulas
Publicado em 02/04/2022 às 06:24.
 (Aston Martin/Divulgação)

(Aston Martin/Divulgação)

Para a grande maioria do público a Aston Martin se resume ao icônico DB5 de James Bond e a modelos modernos como DB9, DB11, DBS e Vanquish. Mas entre os anos 1960 e 2000, a marca Gaydon criou uma linhagem de legítimos muscle cars britânicos. Entre eles está o Virage.

Este modelo foi a primeira criação sob a batuta da Ford. Em 1987, a marca amargava maus resultados e a norte-americana, que andava comprando marcas ao redor do mundo, adquiriu 75% dos direitos da Aston Martin.

Com dinheiro vindo de Detroit, a marca levou apenas dois anos para desenhar um carro totalmente novo. Era o primeiro projeto inédito desde a década de 1970 e finalmente sucederia o veterano V8.

O Virage tinha linhas suaves, mas estilo musculoso. A linha de cintura elevada e o teto baixo faziam desse carro um GT com traços dos muscle cars norte-americanos.

A carroceria estilo fastback, aerofólio, grade sob o para-choque para ocultar o escapamento de ponteira dupla entregavam brutalidade ao modelo. As rodas italianas OZ de 18 polegadas e aro alargado completavam o conjunto.

E se por fora o Virage impressionava, sob o capô ele assustava. O modelo era equipado com um valente V8 5.3 de 330 cv e 49 kgfm de torque despejados nas rodas traseiras e controlados por uma transmissão ZF de cinco marchas.

Esse motor permitia que o Virage acelerasse de 0 a 100 km/h em 7,4 segundos. Números imponentes para o final dos anos 1980.

Mas o grande momento do Virage veio em 1992, quando a marca instalou o imenso V8 6.3 de 507 cv e 65 kgfm de torque no cupê. Esse bloco gigantesco foi retirado do bólido de competição AMR1, que tinha vencido as 24 Horas de Le Mans em 1989.

Com essa usina sob o capô, o Virage acelera a até 282 km/h. Pode parecer pouco diante de supercarros da época como Lamborghini Diablo ou Ferrari F40, que ultrapassavam os 300 km/h. Mas para um GT pesado e cheio de refinamentos era algo espantoso.

Interior

Por dentro, o Virage 6.3 era um legítimo Gran Turismo britânico. Volante de três raios com aro de madeira, que também era reproduzido nas molduras do painel, portas e console, além de couro em todo os cantos, garantiam o garbo exigido de uma máquina que seguia o legado do lendário DB5.

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