O insuperavél

Lançado há 25 anos, 'Final Fantasy VII' ainda é o melhor game da série

Marcelo Jabulas
@mjabulas
04/02/2022 às 08:35.
Atualizado em 04/02/2022 às 13:36
OBRA-PRIMA – “Final Fantasy VII” combinava elementos móveis vetorizados com cenários em Pixel Art fixos e câmeras fixas, que lhe conferiam um visual cinematográfico (SQUARE ENIX/DIVULGAÇÃO)

OBRA-PRIMA – “Final Fantasy VII” combinava elementos móveis vetorizados com cenários em Pixel Art fixos e câmeras fixas, que lhe conferiam um visual cinematográfico (SQUARE ENIX/DIVULGAÇÃO)

A franquia de RPG “Final Fantasy” chegou ao mercado na década de 1980 e já publicou quase 30 episódios. O universo que explora fantasia medieval, combinado com futuro distópico, barcos voadores e avestruzes amarelos é, sem dúvidas, a mais popular série do gênero. 

E como em toda franquia, sempre há uma discussão calorosa sobre qual é o melhor episódio. No entanto, em “FF” todo mundo é unânime em cravar que “Final Fantasy VII” é, não apenas o melhor episódio, mas também um dos melhores RPGs já publicados.

Lançado em 31 de janeiro de 1997, o game acaba de completar 25 anos. A então SquareSoft (atual Square Enix) desenhou o título para o novato Sony PlayStation, console que chegou munido de leitor de CD-ROM para concorrer num segmento dominado pela Sega e Nintendo.

Como era tendência na época, “Final Fantasy VII” abusava de gráficos 3D. A abertura é uma das coisas mais lindas, melancólicas e viscerais já produzidas na indústria de games. Ela sintetiza praticamente tudo que irá acontecer dali em diante.

Imenso, o game poderia levar semanas para ser finalizado. Mas isso não era um problema, nem mesmo num game em disco, onde não é possível gravar dados temporários. “FFVII” abusava do Memory Card, clássico dispositivo de salvamento do PS1

Enredo

Na trama, o jogador assume o papel de Cloud Strife, um mercenário que se une a um grupo ambientalista. A missão do grupo é destruir os reatores que extraem o makko, uma substância do subsolo, que é a fonte vital do planeta. 

Mas no primeiro trabalho, o chefão da companhia percebe a sabotagem e amplifica os danos propositalmente. A explosão colapsa um dos setores da cidade alta, que fica um andar acima da parte pobre da metrópole. A partir daí é iniciada uma caçada a Cloud e seus companheiros, tidos como terroristas.

Jogabilidade

“Final Fantasy VII” foi desenhado seguindo o modelo de jogabilidade com combates por turnos. Um modelo que surgiu ainda na década de 1970. Ele funciona da seguinte forma: quando se depara com um oponente, o jogador pode programar sua jogada e aguardar que o computador reaja a ela. Assim, em cada luta o jogador deve escolher suas ações e aguardar o próximo turno.

Gráficos

Se o modelo de jogabilidade seguia o mesmo conceito dos demais títulos da franquia, visualmente, “FFVII” era revolucionário. Ele foi o primeiro título a utilizar gráficos 3D, combinando com animações poligonais, e cenários com câmera fixa. Na década de 1990, muitos games utilizam esse recurso, como “Resident Evil” e “Alone in the Dark”. 

Eram soluções para garantir uma estética mais sofisticada, mas também driblar as limitações técnicas da época. Hoje pode parecer estranho e confuso controlar o personagem num cenário fixo, em que os direcionais mudam conforme o posicionamento da câmera. 

Ainda hoje é um game que impressiona pelo visual, mesmo que muitos elementos possam parecer rudimentares.

Em 2020, a Square Enix publicou “Final Fantasy VII: Remake” que redesenhou todo o game, mas manteve a estética original dos personagens e das locações. Os combates por turnos deram lugar a lutas em tempo real e os gráficos são impecáveis. Mas ainda sim, incapaz de entregar a mesma imersão do game original.

Com edições para PS One, PS3, PS4, Xbox One, Nintendo Switch, iOS, Android e PC, “Final Fantasy VII” é um game que não pode faltar na coleção de nenhum fã de RPG.

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