Tóquio fantasma

Produtores de 'Ghostwire: Tokyo' demonstram o game surrealista para PC e PS5

Marcelo Jabulas
@mjabulas
Publicado em 01/03/2022 às 09:09.

Com lançamento agendado para o segundo trimestre deste ano, “Ghostwire: Tokyo” é uma das grandes apostas para PS5 e PC. Ele
promete fazer uso de muitos dos novos recursos gráficos que chegaram com a nova geração e também com as novas placas gráficas. 

E, paramostrar o que o game tem para oferecer, os produtores da Tango Games, responsáveis pelo desenvolvimento do título
(distribuído pela Bethesda), promoveram uma exibição fechada de gameplay do jogo, em que o Hoje em Dia participou.

O game é uma aposta ousada do estúdio, num título que mistura poderes sobrenaturais e alta tecnologia numa trama surreal pelas ruas de Tóquio. A história gira em torno de Akito, que se depara com a cidade completamente vazia. E estamos falando de uma das capitais com a maior densidade populacional do planeta. 

Akito descobre que tem poderes sobrenaturais e se depara com espíritos e outras criatura vagando pelas ruas da metrópole. Desorientado, ele busca respostas, guiado por uma voz que surge de uma espécie de névoa, que brota do lado direito de seu rosto.

Repleto de flashbacks e criaturas tiradas da mitologia japonesa, o jogador demora um pouco para se orientar na trama. Coisas
absurdas, com ousar um telefone público para mergulhar numa mensagem (numa analogia que poderíamos falar que saiu de “Matrix”), e trivialidades, como entrar numa loja de conveniência e topar com um gato místico, são confusões propositais da trama.

Aliás,o surrealismo acompanha toda a história. Ambientes comuns passam por metamorfoses, salas ficam de ponta-cabeça. Uma sensação perturbadora em que o jogador não sabe se tudo é um sonho, uma ilusão provocada por um dispositivo ou efeito de alucinógenos. 

DUBLAGEM

Um lance legal é que o game exibido estava com dublagem em japonês, o que é bacana, pois amplia a imersão na trama. Nada
mais desagradável que nativo asiático e todos a sua volta falando um perfeito inglês britânico.

VISUAL

O game tem visão em primeira pessoa, o que amplifica a sensação de solidão e medo. A qualidade gráfica da versão exibida impressiona pelo refinamento dos cenários, assim como da iluminação. A reconstrução da capital japonesa é esmerada e os efeitos de
ray tracing são fantásticos. Os reflexos e intensidade da luz se distorcem de acordo com o ângulo de visão do jogador, como
na realidade. 

GAMEPLAY

Na demonstração, o jogador conta com diferentes poderes, que emanam das mãos, além de um arco. Pelo que foi mostrado, ameaças sobrenaturais são combatidas com os poderes. E obstáculos físicos são destruídos com as flechas. Durante o game, o jogador deve fazer oferendas às divindades. Recurso que lembra “Nioh”, que também explora essa relação como sobrenatural nipônico. Durante o caminho, o jogador adquire novos poderes e cruza com seres cavernosos, sem rostos ou que utilizam máscaras
do folclore japonês.

Seja como for, “Ghostwire: Tokyo” promete ser daqueles jogos intrigantes, que deixam o jogador em eterno suspense até chegar aos créditos.

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