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Saints Row faz sua estreia na nova geração, mas não consegue convencer

Marcelo Jabulas
@mjabulas
Publicado em 27/08/2022 às 12:29.
 (Deep Silver/Divulgação)

(Deep Silver/Divulgação)

Quando se fala em games de mundo aberto (Sand Box), não há como pensar em “Grand Theft Auto”. E não é para menos, foi “GTA” quem definiu as leis pétreas desse gênero, que gerou incontáveis seguidores. E entre esses “fieis” da franquia da Rockstar, está “Saints Row”, da Volition Games.

O primeiro game da série chegou em 2006, para Xbox 360, bebendo na fonte de “GTA III”, “Vice City” e “San Andreas”. Irreverente, a série caiu no gosto do púbico, devido ao estilo sarcástico, com piadas politicamente incorretas, elementos surrealistas, deboches e alucinações e demais elementos que fazem da série bastante caricata.

Depois de um período sem novidades, a produtora resolveu fazer uma espécie de reboot (reiniciar a história) da franquia, com foco nas novas gerações de consoles. Ela lançou nesta semana game que leva o nome original e também o enredo.

Com versões para PC, PS5, PS4, Xbox Series X/S e Xbox One, o game chega com preços entre R$ 300 e R$ 500. A trama leva o jogador aos primórdios da franquia, antes mesmo da fundação da gangue de bandidos, com suas indumentárias violetas.

Um mapa grande, repleto de missões se apresentam para quem quer algo além da reedição de “Grand Theft Auto V”. Mas o game peca.

Com falhas, visual bem distante do que se quer ver num game da atual geração, “Saints Row” recebeu uma enxurrada de críticas e notas baixas.

O impacto negativo foi tão forte, que as ações da Embracer Group, que controla o estúdio, desvalorizaram durante a semana.

De fato o game está longe de ser uma obra-prima de estética. Seus gráficos não diferem muito daqueles que conhecemos há 16 anos. Para a geração do Xbox 360, o visual era impressionante e dava uma surra em “GTA San Andreas”, mas inconcebível num jogo da atual geração.

Mas o que importa é que um Sand Box sempre consegue agradar ao envolver o jogador na trama. E o segredo de “Saints Row” eram as maluquices do game. Afinal qual outro game permite que o jogador bata em outro com um brinquedo erótico, ou invada o próprio inferno?

“Saints Row” tinha dessas doideiras, mas os produtores decidiram remover. Talvez para evitar polêmicas. Afinal, quando o primeiro episódio foi publicado, não existiam redes sociais como hoje. E naquela época a turma do Orkut não estava muito interessada em polemizar sobre o game.

Mas mesmo assim, o game se passa numa realidade distópica, com criminalidade alta, grupos privados vendendo segurança. Bom não tão distópico assim.

Gameplay

O jogador pode criar seu personagem. Há vários biotipos e o jogador pode ajustar massa corporal, deixar o personagem gordo, e até mesmo adicionar próteses, dentre outras características, como feridas, cicatrizes, dentes de ouro ou a falta dos dentes.

O início do game tem animações que prometem uma história interessante. Mas essa expectativa se desfaz após algumas horas de jogo. Missões repetitivas e inteligência artificial falha, fazem de “Saints Row” um game bem mediano.

Assim, “Saints Row” é um daqueles jogos que se mostram interessante depois de uma baixa de preços. Pois definitivamente não vale o que é pedido.

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