Gangorra americana

04/12/2018 às 06:54.
Atualizado em 28/10/2021 às 04:03

Depois da criação do Brasileirão de pontos corridos, o América-MG não conseguiu, por nenhuma temporada, disputar por dois anos consecutivos a Série A. Depois de um primeiro turno embalado, o time perdeu, após a paralisação para a Copa do Mundo, o técnico Enderson Moreira, o meia Serginho e perdeu também a mão de como manter a boa posição que se encontrava na tabela, oscilando entre o 13º e o 11º lugares. De uma vaga na Sul-Americana, o time viu seu sonho morrer amargando a 18ª posição na tabela. Contratações desastrosas, como as de Adilson Batista e depois chamando o salvador da pátria Givanildo Oliveira, a diretoria demonstrou toda a sua incompetência em administrar o bom patrimônio que o time tem, já que perdeu sua torcida ao longo dos anos. Tragédia grega, mas anunciada.
 
Lisca, que de doido não tem nada
Numa rápida resenha com os amigos do grupo Esportes Geraes do WhatsApp, ficou claro que o melhor técnico do campeonato não deveria ser o Felipão, mas sim o Lisca Doido, do Vôzão, o Ceará. Depois de um primeiro turno apresentando bom futebol e pouco resultado, a equipe engrenou uma quinta marcha no returno não perdendo nenhuma partida dentro de casa e empatando ou ganhando dos principais candidatos ao título e da Libertadores na competição. Méritos para um técnico que soube aproveitar o que tinha e quase fazer sua equipe conquistar uma vaga na Sul-Americana. O Ceará não deve conseguir fazer o Lisca permanecer para 2019 e o técnico deve acertar sua próxima temporada numa equipe de ponta do Brasileirão.
 
Cida Santana que me desculpe
Comemorar escape do rebaixamento não é mérito para uma equipe como o Vasco. O time frequentou a série B por três vezes na última década, escancarando como está o combalido futebol carioca. Áureos tempos em que Fluminense, Vasco e Botafogo comemoravam ou Libertadores ou títulos brasileiros. Hoje, vivem lutando para não cair. Vivem de glamour e ajuda de empresas ou políticos que se envolvem com esporte. Não têm orçamento nem planejamento para suas contratações. Não conseguem pagar técnicos de ponta nem tampouco atletas do primeiro escalão dos clubes brasileiros. O Flamengo, por sua vez, sobrevive de verbas de empresas e de sua imensa torcida, quiçá a maior do Brasil. Fora isso, as equipes cariocas são todas farinhas do mesmo saco.

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