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Cientistas do IEEE apresentaram inovações tecnológicas em prol do meio ambiente

Propostas e debates feitos por grupo de engenheiros pesquisadores do Instituto marcaram 30ª Futurecom

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 10/10/2025 às 20:12.
 (divulgação IEEE)
(divulgação IEEE)

Do uso de IA (Inteligência Artificial) e IoT (Internet das coisas), além de Blockchain e gêmeos digitais. As pesquisas e avanços apresentados por seis cientistas do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) no maior evento de tecnologia da América Latina, tiveram o mesmo foco: o uso das novas ferramentas a favor da preservação do ambiente e da busca por soluções limpas e cidades inteligentes.

Organização profissional técnica dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade, o IEEE marcou presença na 30ª Futurecom, em São Paulo. O grupo de cientistas - que atuam em algumas das mais importantes universidades brasileiras, como USP, Unicamp e  UnB - ressaltaram que a realização da COP30 no Pará, com todos os olhos do mundo sobre o Brasil, reforça a necessidade de avançar em estudos, pesquisas e desenvolvimento de soluções que exerçam impacto real sobre a preservação ambiental amazônica.  

A conferência COP30 é um grande evento global para discutir ações e tomar decisões sobre o combate às mudanças climáticas. Será realizado de 10 a 21 de novembro na capital paraense.

Professora da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), a engenheira Tereza Carvalho destacou que a cadeia do cacau-cupuaçu já usa a tecnologia de IoT (Internet das coisas) e IA desde o rastreamento da colheita à produção de chocolate. “A gente tem que olhar o aspecto econômico, ambiental e social e não deixar de lado os riscos porque da mesma forma que contribui positivamente, a IA pode contribuir negativamente para 35% das metas de desenvolvimento sustentável da ONU”.

Transformação digital pode contribuir para um planeta mais sustentável

Vanessa Schramm, pesquisadora e professora da Universidade Federal de Campina Grande,  na Paraíba, falou como a transformação digital pode contribuir para um planeta mais sustentável. “Abordamos duas megatendências tecnológicas, transformação digital e sustentabilidade, e como os dois conceitos se relacionam, além de exemplos concretos onde essas tecnologias já foram aplicadas para enfrentar desafios globais mantendo o desenvolvimento sustentável.”

“Já existem iniciativas globais, como o gêmeo digital do planeta Terra, desenvolvido com apoio da Nasa, que simulam cenários climáticos e energéticos para orientar políticas públicas. São tecnologias que vão nos ajudar com novas soluções de planejamento urbano e da indústria também e aqui no Brasil vão nos ajudar a prever locais de desmatamento e queimadas na Amazônia”, destacou Cristiane Pimentel, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. 

Professor da Unicamp, o engenheiro Gabriel Gomes de Oliveira disse ver como “muito relevante” ter em mente que a discussão envolve a sociedade do futuro, com temas sobre . smart cities e mobilidade urbana. “É necessário aplicar toda a gama de inovação tecnológica também ao desenvolvimento de formas mais sustentáveis de viver em grandes centros urbanos”.

“A IA demandará um investimento em infraestrutura maior, principalmente em sistemas de energia renovável, já que um simples comando na IA generativa pode demandar até 10 vezes mais watts que uma pesquisa no Google”, ponderou Otácio Chase, da Universidade Federal Rural da Amazônia.

Renato Borges, pesquisador e professor da Universidade de Brasília, falou no evento sobre como é possível fazer uso de dados provenientes de estações meteorológicas, supercomputadores e IA para conseguir montar os gêmeos digitais do meio ambiente. “É o grande desafio atual”.

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