Quem vive do que a terra produz já sabe que pode encontrar apoio para investir em produtividade ou resistir às secas, intempéries e oscilações de preços das commoditties. As cooperativas financeiras se consolidaram como os principais operadores de crédito rural em Minas, repassando 76,07% de todas as operações realizadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no âmbito do Plano Safra 2024/2025.
De julho de 2024 a abril de 2025, foram 9.736 operações em território mineiro, sendo 7.407 intermediadas por cooperativas. Juntas, essas organizações repassaram R$ 1,9 bilhão em crédito especialmente para pequenos e médios produtores rurais, apontamento levantamento do Sistema Ocemg, entidade que representa as cooperativas no Estado.
“Em Minas essas organizações são a única instituição financeira presente em 78 municípios, levando crédito e inclusão financeira para quem está fora dos grandes centros urbanos”, explica Ronaldo Scucato, presidente do Sistema Ocemg.
Cooperativismo é um dos principais motores da economia mineira
Scucato diz que o compromisso das cooperativas com a promoção do desenvolvimento econômico e social das comunidades é um importante diferencial do setor. E, segundo ele, uma das melhores maneiras de fazer isso é contribuindo com o a produtividade e a sustentabilidade do campo.
“O agronegócio é um dos principais motores da economia mineira”, pondera o gestor do Sistema Ocemg. “O setor cooperativista agropecuário movimenta R$ 40,3 bilhões, o equivalente a 17,6% do PIB do agronegócio mineiro. E sem o crédito rural é inviável manter a produtividade de culturas como a do café, do milho e da soja, que estão sendo intensamente prejudicadas pelo avanço das mudanças climáticas do planeta”, afirma.
Dados do BNDES apontam que Minas foi o quarto Estado brasileiro em valor de contratações de linhas de financiamento do Plano Safra 2024/2025. Foram R$ 3,07 bilhões, superados somente Paraná (R$ 6,69 bilhões), Rio Grande do Sul (RS, 5,90 bilhões) e Mato Grosso (R$ 4,48 bilhões).
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