Confira cuidados

A cada dois acidentes com energia elétrica no Brasil, um acaba em morte, diz levantamento

Da Redação*
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Publicado em 28/04/2022 às 13:50.
 (Cemig/ Divulgação)

(Cemig/ Divulgação)

O número de acidentes com energia elétrica aumentou no Brasil e, a cada duas ocorrências dessa natureza, uma resulta em óbito. Segundo o Anuário Abracopel 2022, divulgado recentemente pela Associação Brasileira para a Conscientização dos Perigos da Eletricidade, houve 1.585 acidentes de origem elétrica no Brasil em 2021, que resultaram em 761 mortes. Em 2020, foram 1.502 ocorrências e 764 óbitos.

Ainda conforme o documento, grande parte deles ocorre dentro de casa. Apenas no ano passado, a associação registrou 215 acidentes que causaram 190 mortes em residências em todo o país.

Nesses locais, os principais causadores no ano passado foram fio partido ou sem isolamento (45 casos e 37 mortes), eletrodoméstico ou eletroeletrônico (35 casos e 31 mortes), extensão, benjamins e tomadas (28 casos e 28 mortes), cercas energizadas (24 casos e 23 mortes), carregador de celular (20 casos e 16 mortes), entre outras situações.

De acordo com o gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), João José Magalhães Soares, para evitar acidentes, é necessário fazer inspeções periódicas nas instalações elétricas, seguir todas as recomendações dos fabricantes e evitar uso de extensões e benjamins para evitar sobrecarga.

Benjamins e fio desencapado

Os acidentes de maior número dentro dos ambientes residenciais, segundo o anuário, classificados como "fio partido ou sem isolamento", tratam de situações de toque acidental em cabos que estavam sem isolamento, como tomadas e instalações provisórias.

Os números são seguidos por eletrodomésticos, principalmente as máquinas de lavar roupa que vitimaram muitas pessoas em 2021. Acidentes com extensão e benjamins (ou "Ts") são igualmente altos e completam os três principais motivos de acidentes dentro de casa.

Construção Civil

Outro setor com muitas ocorrências de origem elétrica é o da construção civil. Somente no ano passado, em todo o país, ocorreram 73 mortes de pessoas atuando nas profissões de pedreiro (38), pintor (18) e eletricista particular (17).

Para João José Magalhães Soares, antes de iniciar a obra é indispensável que a localização da rede elétrica seja observada. Segundo o especialista, essa atenção deve ser redobrada quando se faz necessário corrigir a topografia do terreno, instalar andaimes, construir marquises ou sacadas, telhados e, na fase de acabamento, pintura das fachadas.

“Em alguns casos, é necessária a instalação de barreiras protetoras para garantir o manuseio seguro de vergalhões, tábuas, canos e outros materiais, todos normalmente com grandes dimensões e de difícil manuseio, além de contratar apenas profissionais capacitados para realizar os serviços em nossas residências”, explica.

O maior risco de acidentes nesses locais é relacionado com tarefas realizadas na mesma altura da rede de média tensão, como reformas de telhado. “Na rede de média tensão não é necessário nem o contato direto para se machucar. A simples aproximação já pode causar choque de até 13.800 volts, o que provoca queimaduras graves e até mesmo a morte", alerta. 

Os profissionais que utilizam cabos de rolo de pintura, principalmente os feitos de alumínio ou de outros materiais condutores de eletricidade, também devem ser bem cautelosos na hora do manuseio. Mas o especialista em segurança da Cemig alerta que cabos de madeira também conduzem eletricidade ao tocar ou se aproximar da rede de alta tensão e expõem as pessoas ao mesmo risco de choque elétrico.

*Com Agência Minas

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