Consumidor

Alto teor de sódio, gordura e açúcar será informado em rótulos de alimentos a partir de novembro

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
09/06/2022 às 18:59.
Atualizado em 09/06/2022 às 19:17
 (Maurício Vieira)

(Maurício Vieira)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta quinta-feira (9) que os novos itens obrigatórios dos rótulos de alimentos entram em vigor em 9 de outubro. Além de mudanças na tabela nutricional, as embaladas também devem conter informações na frente sobre alto teor de ingredientes ruins à saúde, como gordura saturada e sódio.

A agência esclareceu que produtos lançados a partir de 9 de outubro já devem estar com os rótulos adequados às novas regras.

Para os demais, os prazos de adequação são os seguintes:

  • Até 9 de outubro de 2023: alimentos em geral
  • Até 9 de outubro de 2024: alimentos fabricados por agricultor familiar ou empreendedor familiar rural, empreendimento econômico solidário, microempreendedor individual, agroindústria de pequeno porte, agroindústria artesanal e alimentos produzidos de forma artesanal
  • Até 9 de outubro de 2025: bebidas não alcoólicas em embalagens retornáveis, observando o processo gradual de substituição dos rótulos

As mudanças nos rótulos foram estabelecidas pela Resolução 429 e pela Instrução Normativa 75, publicadas em outubro de 2020 pela Anvisa.

Segundo a Vigilância Sanitária, o objetivo das normas é melhorar a clareza e legibilidade dos rótulos dos alimentos e, assim, auxiliar o consumidor a fazer escolhas mais conscientes.

(Anvisa / Divulgação)

(Anvisa / Divulgação)

Tabela nutricional
Já conhecida pelos consumidores brasileiros, a “Tabela de Informação Nutricional” passará por mudanças significativas. A primeira delas é o uso apenas de letras pretas e fundo brancom para evitar contrastes que atrapalhem a legibilidade.

Outra alteração é a inclusão obrigatória da quantidade de açúcares totais e adicionados, do valor energético e de nutrientes por 100 g ou 100 ml, para ajudar na comparação de produtos, bem como o número de porções por embalagem.

Além disso, a Anvisa passa a exigir que a tabela venha próxima à lista de ingredientes e exibida de forma contínua. Ela não poderá ser apresentada em áreas encobertas, locais deformados ou regiões de difícil visualização. A exceção só se aplica aos produtos em embalagens pequenas rótulo menor que 100 cm²). Nesse caso, as informações nutricionais poderão vir encobertas, desde que acessíveis.

(Anvisa / Divulgação)

(Anvisa / Divulgação)

Rotulagem nutricional frontal
A grande mudança nos rótulos a partir de novembro deste ano é a inclusão de uma informação nutricional frontal. A ideia, conforme a Anvisa, é esclarecer o consumidor sobre o alto índice de ingredientes que afetam a saúde.

Para isso, foi desenvolvido um design de lupa para identificar o alto teor de três nutrientes: açúcares adicionados, gorduras saturadas e sódio. O símbolo deverá ser aplicado na frente da embalagem, na parte superior, para ser facilmente capturada pelo olhar do consumidor.

É obrigatória a veiculação do símbolo da lupa com indicação de um ou mais ingredientes “de risco” que estejam presentes em alta quantidade.

(Anvisa / Divulgação)

(Anvisa / Divulgação)

Alegações nutricionais
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De acordo com a Anvisa, as alegações nutricionais, como ausência de glúten, permanecem voluntárias. Porém, foram propostas alterações (veja acima) com o objetivo de evitar contradições com as informações obrigatórias sobre os ingredientes “de risco”. Por exemplo, não podem vir na parte superior, se já tiverem a rotulagem nutricional frontal.

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