Decisão de Flávio Dino foi motivada por uma petição enviada ao Supremo pelas organizações Contas Abertas, Transparência Brasil e a Transparência Internacional (Lula Marques/ Agência Brasil)
O ministro da Justiça, Flávio Dino, informou nesta segunda-feira (24) que o ex-PM Elcio Queiroz firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, durante a qual confessou ter participado da execução da ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. E que teve a companhia de Ronnie Lessa (que está no presídio) e de Maxwell Simões Correa, preso nesta manhã no Rio.
Segundo Dino, foi a delação que embasou a operação de hoje, que prendeu o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa no Rio - conhecido como Suel, ele já havia sido preso em 2020, acusado de ter se desfeito do carro usado na execução, mas respondia em liberdade.
"Élcio Queiroz confirmou em delação premiada a participação dele próprio, do Ronnie Lessa e do Maxwell. Temos o fechamento desta fase, com a confirmação de tudo que aconteceu no crime. Há elementos para um novo patamar da investigação, que é descobrir os mandantes", disse Dino, durante coletiva sobre o avanço das investigações sobre o caso.
De acordo com o ministro, a delação foi feita há cerca de 15 dias e homologada pela Justiça. Na ocasião, ele teria apontado a participação do ex-sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Correa, também conhecido como Suel, no assassinato.
Dino disse que, nas próximas semanas, outras operações contra alvos apontados nas investigações como mandantes do crime devem acontecer.
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