A subnotificação de novos casos de tuberculose no mundo pode chegar a 20%, por causa da pandemia. Indicadores da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que houve redução no número de diagnósticos em 2020 e 2021, em comparação com 2019, em decorrência do cenário da Covid-19. A taxa de mortalidade também aumentou, e chegou a 26%.
Em 2019, segundo a OMS, cerca de 465 mil pessoas foram diagnosticadas com tuberculose resistente a medicamentos e mais de 60% não conseguiram obter acesso a tratamentos.
Em Belo Horizonte, há duas décadas o registro de novos casos tem apresentado queda e também foi menor em 2020 e 2021.
De acordo com o médico Pedro Navarro, da coordenação do Programa de Controle da Tuberculose e do Programa Municipal de Controle do Tabagismo da PBH, cerca de 10% das pessoas abandonam o tratamento, que é feito de forma gratuita no SUS. Ele explica que o tempo de resposta à medicação é rápido, em duas semanas o paciente não transmite mais a bactéria (bacilo de Koch).
Para fazer o tratamento gratuito, o paciente deve procurar um centro de saúde e fazer o exame do escarro. De acordo com o médico, há ainda uma rede de testagem rápida na capital, mais sensível e específica para detectar a doença. Os principais sintomas da tuberculose são tosse crônica, que persiste por duas ou três semanas, febre no final do dia, emagrecimento e falta de apetite.
"É importante que as pessoas saibam que a doença tem cura e que deve continuar o tratamento para não transmitir para outras pessoas e chegar à cura", destaca o Pedro Navarro.
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