Astronomia

Cientistas descobrem dois exoplanetas quase totalmente feitos de água

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
18/12/2022 às 17:21.
Atualizado em 18/12/2022 às 17:22
 (Space Telescope Science Institute / Divulgação)

(Space Telescope Science Institute / Divulgação)

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Montreal, no Canadá, liderada por Caroline Piaulet, encontrou evidências de que dois exoplanetas orbitando uma anã vermelha podem ser “mundos aquáticos”, em que a maior parte da estrutura é formada por H²O. Os resultados foram publicados na última quinta-feira (15) na revista científica Nature Astronomy.

Segundo a agência russa de notícias Sputnik, os exoplanetas estão a 218 anos-luz de distância na constelação de Lyra e não se parecem com nenhum planeta do nosso sistema solar.

“Antes pensávamos que os planetas um pouco maiores que o nosso eram grandes bolas de metal e rocha, como versões ampliadas da Terra, e é por isso que os chamamos de super-Terras. Mas os planetas Kepler-138 C e D são bastante diferentes estruturalmente: uma grande fração do volume deles é provavelmente composta de água. É a primeira vez que observamos planetas que podem ser identificados com segurança como mundos aquáticos, um tipo de planeta que foi teorizado pelos astrônomos como existindo por um longo tempo”, afirmou o pesquisador Björn Benneke, da Universidade de Montreal, um dos autores do estudo, citado pela agência russa.

Os pesquisadores descobriram que esses exoplanetas podem não ter oceanos na superfície como ocorre aqui na Terra.

“A temperatura nas atmosferas de Kepler-138c e Kepler-138d provavelmente está acima do ponto de ebulição da água. Com isso, esperamos uma atmosfera espessa e densa feita de vapor. Somente sob essa atmosfera poderia haver água líquida em alta pressão, ou mesmo em outro estado físico associado a altas pressões, como fluido supercrítico”, explicou Caroline Piaulet à Sputnik.

Em 2014, o telescópio Kepler descobriu três planetas orbitando a estrela Kepler-138. Depois de estudar o sistema com os telescópios espaciais Hubble e Spitzer, ficou claro que os exoplanetas Kepler-138 C e D não estão na zona habitável – distância em relação à em que permite que exista água líquida na superfície.

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