CHEGOU CHEGANDO

Como a novata Jovi quer se tornar uma das principais marcas de smartphones no país

Marca pertencente à chinesa Vivo (não é a operadora) quer conquistar o Brasil e se posicionar entre as cinco marcas mas vendidas

Marcelo Jabulas
Publicado em 23/10/2025 às 14:54.Atualizado em 23/10/2025 às 14:56.
André Varga, diretor de produto da Jovi, com seu modelo topo de linha V50 (Foto: Jovi/Divulgação)
André Varga, diretor de produto da Jovi, com seu modelo topo de linha V50 (Foto: Jovi/Divulgação)

O mercado de smartphones é bem polarizado, pelo menos no imaginário popular. E furar essa bolha nem sempre é fácil. Mas é possível. E a forma mais eficaz é combinar preço e benefícios. 

E é assim que a Jovi chegou ao Brasil. A marca que estreou por aqui na virada do semestre quer conquistar mercado aos poucos. Apesar do nome desconhecido, trata-se do nome rebatizado (por questões de mercado) de uma das maiores fabricantes de celulares do mundo, a Vivo, que nada tem a ver com a operadora de telefonia do Brasil. 

A empresa é líder absoluta nos gigantescos mercados chinês e indiano, assim como na Indonésia. Por questões óbvias, a empresa precisou criar novo nome para operar por aqui.

A marca chegou com cinco modelos, com preços entre R$ 1,3 mil e R$ 4,5 mil, justamente para concorrer no segmento intermediário. No entanto, a Jovi garante que seus aparelhos conseguem oferecer performance que não deixa a desejar para as linhas premium.

Para entender melhor a estratégia da empresa, conversamos como diretor de produtos da Jovi, André Varga, que explicou um pouco da dinâmica para ganhar terreno e vencer os medalhões do mercado.

Varga explica que a chegada da Jovi ao Brasil tem sido num processo gradativo. Eles iniciaram a manufatura de seus aparelhos em janeiro, mas o lançamento comercial foi na virada de maio para junho. 

Mas antes de fabricar seus aparelhos, foi necessário uma imersão no cotidiano do consumidor. “O consumidor brasileiro tem suas preferências em relação a telefone celular e serviços. Fizemos um acompanhamento diário com consumidores, participando de toda sua jornada diária. Isso nos permitiu entender o que é fundamental para o nosso cliente”, explica.

E uma das percepções imediatas apontadas por Varga foi que há uma deficiência de atendimento. “O brasileiro é exigente e merece mais, vimos que não estavam sendo atendidos da forma correta”, comenta.

Assim, a equipe do executivo traçou um plano de trabalho focado em benefícios práticos para os clientes. Os principais são proteção para tela quebrada (por um ano), em que se cobra apenas a taxa de serviço, da assistência técnica. 

“A tela, junto com a memória RAM, são os componentes mais caros de um smartphones. Alguns displays podem custar quase que o preço do aparelho. Assim, cobramos apenas a taxa de serviço, de R$ 300, que é uma fração do valor de uma tela nova”, compara.

A Jovi ainda oferece capa emborrachada e película, acessórios que protegem o aparelho, mas encarecem a aquisição. Segundo o executivo, o aparelho já vem com película aplicada e permite fazer duas trocas anuais durante três anos. A capinha também pode ser trocada na rede autorizada durante o período.

Outro problema que a Jovi detectou é a duração e vida útil das baterias. A marca garante que ela entregue até 80% de retenção de carga por quatro anos. Se o desempenho cair, a marca substitui a pilha. 

A Jovi ainda oferece revisão gratuita por cinco anos. Uma vez ao ano, o cliente pode levar o aparelho para checagem e limpeza, o que prolonga a vida útil. Além disso, a garantia geral é de 24 meses.

Por hora, a Jovi tem capacidade de produção na ordem de 100 mil unidades anuais, em sua linha de montagem, em Manaus. Número que Varga aponta como modesto, para um mercado de 30 milhões de unidades formais, fora os mercado ilegal que soma outros 10 milhões de aparelhos todos os anos. Mas a meta é se posicionar entre os cinco maiores marcas do país, com o aumento gradual da produção local. 

Na próxima semana vamos trazer o teste do Jovi V50, modelo topo de linha que testamos em campo, numa cobertura do outro lado do mundo.

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