Vaticano

Conclave para a escolha do próximo papa começa nesta quarta; brasileiro está na lista de favoritos

A expectativa é que a votação dure de 2 a 3 dias

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 07/05/2025 às 08:11.Atualizado em 07/05/2025 às 08:53.
 (Reprodução/Vídeo)
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Os olhos do planeta convergem para a Cidade do Vaticano nesta quarta-feira (7), marcando o início formal do conclave que definirá o sucessor do papa Francisco. Os rituais solenes que abrem o processo de eleição estão programados para as 16h30, horário local (11h30 em Brasília), gerando grande expectativa em torno da primeira fumaça que emanará da Capela Sistina, prevista para as 19h em Roma (14h em Brasília). Este primeiro sinal indicará o resultado da rodada inaugural de votações.

Conforme agências internacionais, a eleição do novo pontífice ocorrerá a portas fechadas no interior da Capela Sistina. Cento e trinta e três cardeais com menos de 80 anos, considerados os eleitores aptos, participarão deste momento crucial para a Igreja Católica. Para alcançar a eleição, o futuro líder da Igreja precisará obter o apoio de, no mínimo, dois terços dos votos, o que corresponde a 89 cardeais.

Os "príncipes da Igreja", como são tradicionalmente chamados, encontram-se hospedados na Casa Santa Marta e em uma residência adjacente. A partir desta quarta-feira, deixarão suas acomodações para se dirigirem ao epicentro da decisão, a Capela Sistina, onde o futuro de mais de um bilhão de católicos será delineado.

Arcebispo de Salvador surge entre os favoritos

No turbilhão de especulações que antecede a escolha, um nome brasileiro ganha destaque: Dom Sergio da Rocha, arcebispo da Arquidiocese de São Salvador da Bahia e primaz do Brasil. Dom Sergio figura entre os nomes apontados como favoritos pela imprensa francesa.

O cardeal baiano integra a lista de 15 possíveis sucessores publicada pelo Diário Libération. Elevado ao cardinalato em 2016, Dom Sergio da Rocha também é membro do C9, o Conselho de Cardeais estabelecido pelo Papa Francisco em 2023 para auxiliá-lo na crucial tarefa de reformar a Igreja.

Brasileiros no Conclave

Além de Dom Sergio da Rocha, o Brasil marca presença no conclave com outros seis cardeais eleitores: Odilo Pedro Scherer (São Paulo), João Braz de Aviz (emérito de Brasília), Orani João Tempesta (Rio de Janeiro), Paulo Cezar Costa (Brasília), Leonardo Ulrich Steiner (Manaus) e Jaime Spengler (Porto Alegre). O cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo emérito da Arquidiocese de Aparecida (SP), não participará da votação por ter 88 anos, seguindo a regra que limita o direito de voto aos cardeais com menos de 80 anos. No entanto, qualquer cardeal, independentemente da idade, pode ser eleito para o papado.

Processo de votação

A tradição do conclave prevê até quatro votações diárias – duas pela manhã e duas à tarde –, com a fumaça sendo liberada da chaminé da Capela Sistina apenas duas vezes ao dia, a menos que um novo papa seja eleito. A fumaça branca será o sinal inequívoco da escolha do novo pontífice.

Desde a véspera, os cardeais encontram-se em reclusão total, em estrita observância ao rito católico, sem qualquer contato com o mundo exterior para assegurar a total integridade do processo eleitoral. O Vaticano implementou um rigoroso bloqueio de sinais de telefonia celular e internet em toda a sua extensão. Adicionalmente, cardeais e todos os funcionários envolvidos prestaram juramento de sigilo absoluto, sob pena de excomunhão, proibindo qualquer divulgação de informações sobre o que for visto ou ouvido durante o conclave.

Caso um novo papa não seja eleito nos três primeiros dias de conclave, haverá uma pausa de 24 horas dedicada à oração, com as votações sendo retomadas posteriormente. Uma nova pausa pode ser convocada após mais sete votações sem sucesso. Persistindo a ausência de um eleito após 34 rodadas de votação, os dois cardeais mais votados seguirão para uma espécie de "segundo turno", onde ainda será necessário obter o quórum de dois terços dos votos para a eleição.

Uma vez eleito o novo papa, o mundo será informado através da emissão da fumaça branca. O cardeal decano questionará o eleito sobre sua aceitação do cargo e sobre o nome que deseja adotar como pontífice. Em seguida, o novo líder da Igreja Católica vestirá as vestes papais pela primeira vez e será apresentado aos fiéis na sacada da Basílica de São Pedro. 

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