
Telescópios instalados na Terra conseguiram capturar o bem sucedido impacto da sonda do projeto Dart (Double Asteroid Redirection Test ou Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo), da Nasa, contra a rocha espacial Dimorphos, uma lua do asteroide maior, Didymos.
A colisão ocorreu na noite dessa segunda-feira (26), a 11 milhões de quilômetros da Terra. Ainda assim, alguns telescópios mais potentes conseguiram registrar o feito.
Um exemplo, como mostra o site americano Space, é o observatório Sistema de Alerta Final de Impacto de Asteroide na Terra (Atlas na sigla em inglês), com sede no arquipélago do Havaí (EUA). As lentes do Atlas captaram o forte sinal luminoso proveniente do sistema Didymos após o impacto, além de uma nuvem de material ejetado para longe de Dimorphos.
A rocha que foi atingida pela sonda espacial do projeto Dart tem 170 m e não representa perigo para a humanidade. Porém, o asteroide Didymos, que tem cerca de 780 m de diâmetro, é considerado um risco em potencial.
A ideia da Nasa é testar a estratégia chamada “impacto cinético” de deflexão de asteroides, informa o Space. Ao lançar uma espaçonave contra um enorme corpo celeste, a intenção é que ocorra uma mudança na direção do alvo, evitando a possível rota de colisão com nosso planeta.
Cientistas devem usar telescópios para medir o quanto o impacto mudou a órbita de Dimorphos em torno de Didymos. Esses dados ajudarão a entender a eficácia da técnica de impacto cinético, auxiliando esforços futuros para impedir que grandes rochas espaciais atinjam a Terra.
Nos próximos dias, o pequeno satélite espacial italiano LICIACube, colocado em órbita pelo Dart em 11 de setembro, também deve enviar imagens de Dimorphos. Além disso, a Agência Espacial Europeia planeja lançar, em 2024, uma sonda chamada Hera em direção ao sistema Didymos. Após alcançar o alvo em 2026, Hera coletará uma variedade de dados sobre os dois asteroides.
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