Covid-19

Empresa chinesa já está testando em humanos a vacina CoronaVac atualizada para a variante Ômicron

João Paulo Martins
joao.oliveira@hojeemdia.com.br
15/03/2022 às 17:56.
Atualizado em 15/03/2022 às 18:00

A empresa biofarmacêutica chinesa Sinovac Biotech já terminou a fase pré-clínica dos testes da vacina CoronaVac específica para a variante Ômicron da Covid-19. A informação foi confirmada pelo CEO da empresa, Yin Weidong, em entrevista ao jornal chinês Global Times.

A Sinovac montou 10 centros de pesquisa e desenvolvimento em todo o mundo para acelerar a produção de imunizantes contra a Ômicron.

Os testes pré-clínicos contaram com a colaboração da Universidade Chinesa de Hong Kong e outras instituições. Agora, de acordo com a empresa, os ensaios clínicos já estão em andamento na China, em Hong Kong e no Chile.

Como mostra o Global Times, a CoronaVac é uma das vacinas mais usadas no mundo, com cerca de 2,7 bilhões de doses aplicadas.

Para adaptação do imunizante à nova cepa do coronavírus, a Universidade Chinesa de Hong Kong e a Sinovac Biotech assinaram um acordo para construir um Laboratório de Nível 3 de Biossegurança para pesquisas em áreas como doenças infecciosas, imunologia, microbiologia.

“A vacina contra a cepa mutante sofreu poucas mudanças no processo de fabricação e complexidade, mas viu apenas a substituição da cepa essencial original pela modificada. Mas a eficiência das vacinas reconfiguradas contra a Ômicron ainda está sendo analisada”, disse Yin Weidong ao jornal chinês .

O CEO da SInovac Biotech alerta que as vacinas originais continuam necessárias antes que os imunizantes adaptados para a variante estejam disponíveis.

Yin afirmou ao Global Times que os testes de Fase III estão sendo realizados com mais de 10 mil participantes de 6 meses a 17 anos na África do Sul, Malásia, Filipinas e Chile, e já apresentou resultado positivo em termos de segurança.

Para a garantir distribuição das vacinas na América do Sul, a biofarmacêutica chinesa anunciou um investimento de mais de US$ 60 milhões (cerca de R$ 309 milhões) para abrir um centro de pesquisa e desenvolvimento no Chile e construir uma fábrica local de produção de imunizantes com anual estimada de 60 milhões de doses.

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