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Fake news: vídeo sobre ‘máscaras contaminadas’ que teriam chegado ao Brasil é antigo e inverídico

Da Redação*
portal@hojeemdia.com.br
22/11/2022 às 16:42.
Atualizado em 22/11/2022 às 16:49
Vídeo de "alerta" sobre supostas máscaras contaminadas com Covid-19 que teriam chegado ao porto de Santos (SP) é de 2020 e falso (Facebook / Reprodução)

Vídeo de "alerta" sobre supostas máscaras contaminadas com Covid-19 que teriam chegado ao porto de Santos (SP) é de 2020 e falso (Facebook / Reprodução)

Voltou a circular nas redes sociais o vídeo de um homem que diz ser morador do Guarujá, no litoral de São Paulo, e que estaria “alertando” os brasileiros a não aceitarem máscaras contra Covid-19 oferecidas pelo governo porque seriam da China e estariam “contaminadas”.

“Oi, gente. Paz. Tô entrando aqui ao vivo e peço que você compartilhe esse vídeo com o máximo de pessoas que você pode compartilhar. Mas tem que ser o máximo de pessoas. Que é de extrema urgência de saúde mundial. Escute bem. A gente mora no Guarujá, mora na Baixada,a gente mora, não, a gente tem família lá, a gente tá fazendo uma obra missionária em Itajaí só que tem um detalhe. Tá chegando no Porto de Santos navios cheios de contêineres de máscara que vai começar a ser distribuído pelos agentes de saúde, pelos postinhos, entendeu. Não aceite. Não aceite porque essas máscaras estão todas contaminadas com Covid-19, por isso que eles estão falando que vai haver morte em massa…”, diz o homem não identificado na gravação que está circulando nas redes sociais desde essa segunda-feira (21).

Primeiramente, trata-se de um conteúdo antigo, como se vê no post compartilhado no Twitter em abril de 2020.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também divulgou um comunicado em seu site para informar que o vídeo é inverídico. “O falso vídeo circula desde 2020 e o autor já teria se retratado posteriormente, admitindo a falsa informação. Além disso, a agência esclarece que é proibida a importação ou a doação de material infectante, devendo a carga ser devolvida para o país de origem ou destruída após o tratamento indicado para material infectocontagioso. A empresa responsável pela importação é autuada por descumprimento do regulamento relacionado à importação desses produtos”, explicou a Anvisa.

Outro ponto levantado pela Vigilância Sanitária é que a chance de o novo coronavírus sobreviver à viagem de navio da China até o Brasil é quase nula. “Um estudo publicado na conceituada publicação científica New England Journal of Medicine constatou que o vírus pode sobreviver por até 72 horas em plásticos e aço inoxidável (inox), 24 horas em papelão e quatro horas em cobre. A quantidade de vírus existente nas superfícies vai diminuindo com o passar das horas, reduzindo o risco de contaminação. O tempo de viagem entre o Brasil e a China por via marítima é em média de 45 dias”, informou a Anvisa.

A agência lembrou ainda que todas as máscaras de proteção facial que entram no Brasil precisam de autorização para importação. A norma da Anvisa que dispõe sobre a importação de produtos sujeitos à vigilância sanitária é a RDC 81/2008.

(*) Com portal da Anvisa.

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