Funcionária de hospital na Grande BH é demitida após enviar foto falsa de olho para pegar atestado
Conforme o TRT, foi feita uma sindicância e verificado que a imagem enviada tinha alta similaridade com fotos da internet
Uma funcionária de uma rede hospitalar em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi demitida por justa causa após ser flagrada mentindo em uma consulta médica online para obter um atestado. O caso, ocorrido em junho do ano passado, veio à tona nesta segunda-feira (7), com a revelação da decisão pelo Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG).
A fraude foi descoberta depois que a trabalhadora enviou uma foto de um olho inflamado, que não era o dela, para justificar uma falta ao trabalho. Segundo a empresa, a mulher consultou pelo sistema "Maria Saúde" alegando estar com conjuntivite. A médica, para confirmar o diagnóstico, solicitou uma imagem do olho, e a funcionária enviou a foto falsa, conseguindo o atestado.
Investigação e Descoberta da Fraude
Dias depois, a equipe do sistema "Maria Saúde" desconfiou da imagem, notando sua semelhança com fotos disponíveis na internet. Uma investigação interna confirmou que a foto era, de fato, retirada da web e não pertencia à funcionária.
Em sua defesa, a trabalhadora alegou que nunca afirmou que a foto era do próprio olho, apenas que queria mostrar algo "parecido" com sua situação. Ela também contestou a demissão por considerá-la exagerada e pleiteou indenização por danos morais e materiais.
Depoimentos Revelam Má-Fé
No entanto, depoimentos de testemunhas foram cruciais para confirmar a versão da empresa. Uma das testemunhas revelou que a funcionária já havia comentado sobre a intenção de faltar ao trabalho por motivos pessoais, como levar o cachorro ao veterinário, e que planejava usar um atestado para justificar a ausência e evitar o pagamento de horas negativas.
"Ela já tinha comunicado que iria se ausentar (...) para realizações de coisas pessoais, ia levar o cachorro ao veterinário, (...) como estava com algumas horas negativas, pegaria atestado para não ter que pagar mais horas; (...) alegou que era conjuntivite e a não apresentou resquício algum de conjuntivite. Questionei (...) ela disse para relaxar, porque realmente ela não estava com conjuntivite e inventou essa condição", informou a testemunha durante o processo.
O juiz responsável pelo caso considerou que houve má-fé e quebra de confiança por parte da funcionária. A decisão judicial confirmou a demissão por justa causa, negando à ex-funcionária o direito a verbas rescisórias integrais e indenizações.