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Futuro do Aeroporto Carlos Prates é tema de audiência na Câmara de BH

Leíse Costa
leise.costa@hojeemdia.com.br
23/03/2022 às 15:33.
Atualizado em 23/03/2022 às 15:41
 (Infraero/Divulgação)

(Infraero/Divulgação)

O destino do aeroporto Carlos Prates, no bairro Padre Eustáquio, região Noroeste de Belo Horizonte, volta a ser discutido na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) em audiência pública marcada para esta quinta-feira (24) na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário. Por determinação do Ministério da Infraestrutura, o terreno de 500 mil metros quadrados, que pertence à União e hoje abriga cinco escolas de aviação, deve ter suas atividades suspensas até o próximo dia 1º de maio.

Dessa vez, a reunião, solicitada pelo vereador Rubão (PP), vai discutir sobre o fechamento do local e a possibilidade de construção de conjuntos habitacionais no espaço. Aspectos como o funcionamento do aeroporto, os riscos e desconforto que ele causa aos moradores da região, o futuro do terreno e a manutenção do parque existente no local já foram discutidos em outros momentos pela própria comissão e voltam ao debate com a audiência de amanhã.

De acordo com Rubão, "o objetivo da audiência é dar transparência ao impasse que envolve a desativação do aeroporto e ouvir todos os envolvidos", estabelecendo um debate entre comunidade local, sociedade civil, Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e CMBH.

A audiência vai acontecer no formato semi-presencial e é aberta à participação da população, que pode enviar perguntas e sugestões por meio de formulário eletrônico

História marcada por vários acidentes

O aeroporto Carlos Prates começou suas atividades em 1944 e esteve envolvido em ao menos nove acidentes registrados desde a década de 1990.

Em outubro de 2019, um acidente com um avião de pequeno porte que saiu do aeroporto caiu no bairro Caiçara, vizinho do local de pouso, matando quatro pessoas e deixando outras feridas.

Devido à tragédia, em novembro do mesmo ano, a Comissão de Transporte realizou uma audiência pública na qual moradores do entorno reclamaram da sensação de insegurança vivida por eles por conta de acidentes ocorridos com aeronaves que decolam na região.

Eles também criticaram a permanência do aeroporto em razão dos ruídos produzidos pelas aeronaves. À época, um pedido de informação foi enviado à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) solicitando, entre outras coisas, dados sobre a fiscalização e funcionamento do aeroporto.

Segundo resposta da Anac, todos os procedimentos de fiscalização são tomados e as empresas que operam no local estão devidamente licenciadas.

O aeroporto também abriga o Parque Maria do Socorro, cuja manutenção é de responsabilidade da Infraero. O parque foi inaugurado em 2001 e é equipado com pista de skate, campo de futebol, quadras e teatro de arena. Em 2017, o espaço de lazer também foi tema de dabate na Câmara devido ao abandono em que se encontrava.

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