
Um dos recursos que mais me agradou quanto testei o Galaxy Z Fold 3, em 2021, foi o fato de ele se transformar num notebook de bolso. Bastava plugar um teclado, com adaptador USB-C, e pronto. Era possível redigir longos textos sem precisar ficar “catando milho”.
Mas o dobrável da Samsung poderia ir muito além e testamos as gerações 4, 5 e 6 de todas as maneiras possíveis. Dobrar a tela para fazer live sem a necessidade de tripé, assim como usar a imensa tela dobrável para editar vídeos com muito conforto.
No entanto, o Z Fold era gorducho. Foi afinando a cada geração, mas ainda sim era pesado e a tela frontal estreita. Mas tudo isso se resolveu na sétima geração. O Z Fold 7 combinava todas as possibilidades das gerações passadas com uma espessura mínima.
E vou tomar a liberdade de repetir o que já tinha dito, quando o modelo chegou: fechado, o dispositivo tem 8,9 mm de espessura e, quando aberto, apenas 4,2 mm — medidas que o colocam entre os dobráveis mais finos do mercado. O peso é de 215 gramas. Para termos uma ideia, o Z Fold 3 pesava nada menos de 271 gramas e tinha 1,6 cm de espessura.
A tela frontal mais larga deu muito conforto para o uso de tarefas corriqueiras, como responder mensagens, fazer fotos, ler e-mails, futricar a vida alheia no Instagram e por aí vai. Assim, a tela interna fica quietinha para ser acionada quando se precisa utilizar dois aplicativos de forma simultânea, jogar games, assistir vídeos, redigir longos textos (com auxílio de um teclado Bluetooth) e editar gravações.
Fizemos tudo isso com ele, numa cobertura na Itália. A missão era árdua e envolvia se enfronhar na história da indústria automotiva, com direito a idas a museus, acervos privados e claro dirigir carros em locais exclusivos, como as pistas de testes de Lingotto e Balocco.
Como é de praxe, sempre há um segundo aparelho de backup, mas o Z Fold 7 foi a linha de frente, com seu poderoso conjunto de câmeras, com sensor principal de 200 MP, com estabilização óptica (OIS) e tecnologia Quad-Pixel, assim como no Galaxy S25 Ultra.
O Z Fold 7 ainda conta com lente ultra-angular de 12 MP e uma teleobjetiva de 10 MP com zoom óptico de 3x. Tudo isso permitiu gravar e fotografar com o máximo de qualidade mais de 120 anos de história do automóvel. Minto, encontramos um veículo que foi desenvolvido por Leonardo da Vinci, há mais de 500 anos.
Com pouca ou muita luz, as lentes do dobrável registraram tudo. E na hora de gravar aquele rheel ou stories sem ajuda dos colegas, a câmera frontal de 10 MP poderia gravar vídeos em até 8K a 30 quadros por segundo.
E depois de tudo isso, no caminho para o hotel, a tela imensa já permitia editar com facilidade, seja no CapCut ou no Adobe Rush. Sobreposição de imagens, ajustes de áudio, tudo ficava mais fácil. E o melhor é que os 512 GB de armazenamento permitiram gerar vários arquivos sem o risco de esgotar o espaço.
Barato o Galaxy Z Fold 7 não é. No site da Samsung, o aparelho é anunciado por R$ 13.139,10. Mas já é possível encontrar o modelo por valores mais acessíveis, abaixo dos R$ 10 mil. Mas uma coisa é certa, com um teclado Bluetooth e um microfone sem fio, qualquer um faz miséria com esse aparelho.