Tradicionais clubes de Belo Horizonte, o Minas Tênis e o Iate, suspenderam temporariamente a venda de destilados nas unidades das região Centro-Sul e Pampulha. A medida preventiva se deve aos casos de intoxicação por metanol, que já passam de 40 no país. Até o momento não há registros suspeitos no território mineiro.
Comunicados internos foram enviados aos sócios. No Minas, a medida passou a ser adotada desde essa quarta-feira (1°). "Visa o cuidado com a saúde de todos os minastenistas. Após a normalização do caso, por meio da investigação das autoridades responsáveis, o clube comunicará com antecedência aos concessionários sobre o reestabelecimento da comercialização destes produtos", informa o Minas Tênis Clube.
No Iate a decisão começou a valer a partir desta quinta-feira (2). "O clube voltará a comercializar as bebidas quando o Governo se posicionar sobre a situação. Todas as concessionárias que vendem as bebidas para o clube já foram avisadas", informou a diretoria do espaço na Pampulha.
Também nesta quinta, a medida foi adotada pelo Pic, que enviou comunicado semelhantes aos sócios.
Em São Paulo, que concentra a maioria das contaminações suspeitas, o Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo (Sindi Clubes) já havia solicitado aos associados a suspensão da venda de bebidas destiladas. A diretoria da entidade informou que a “decisão visa proteger tanto os consumidores quanto a reputação dos clubes, demonstrando cuidado e responsabilidade diante de uma questão de tamanha gravidade”.
Segundo o Ministério da Saúde, o número de suspeitas de intoxicação por metanol chegou a 43 no país. Desse total, foram registradas no Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) 39 casos em São Paulo, sendo dez confirmados e 29 em investigação, além de quatro casos em investigação em Pernambuco.
Uma morte decorrente da intoxicação foi confirmada, também em SP. Sete óbitos seguem em investigação, sendo dois em Pernambuco e cinco em São Paulo. “Estamos diante de uma situação anormal e diferente de tudo o que consta na nossa série histórica em relação à intoxicação por metanol no país”, declarou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
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