Os três principais suspeitos pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips tiveram a prisão preventiva – sem prazo para acabar – decretada neste sábado (9), informou a Política Federal (PF). Na última quarta (6), a PF tinha pedido a conversão da prisão temporária dos suspeitos para mantê-los encarcerados.
Amarildo da Costa Oliveira, cujo apelido é "Pelado"; Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como "Dos Santos"; e Jeferson da Silva Lima, chamado de "Pelado da Dinha", deverão ser transferidos para Manaus, onde ficarão à disposição da PF e da Justiça Federal do Amazonas.
Os três são investigados pela morte a tiros de Bruno e Dom na região do Vale do Javari, na Amazônia, no começo de junho. Neste sábado, acabaria o prazo de 30 dias da prisão temporária de Amarildo, decretada em 9 de junho. Oseney foi preso em 14 de junho, Jeferson foi encarcerado quatro dias depois.
Inicialmente julgado pela juíza Jacinta Silva dos Santos, da comarca de Atalaia do Norte, no Amazonas, o caso foi transferido para a Justiça Federal no Amazonas porque a magistrada decidiu que a motivação está relacionada a crime contra os direitos indígenas, o que exige competência federal para o julgamento do caso.
Possível financiador
Além dos três suspeitos encarcerados, a Polícia Federal deteve em flagrante Rubens Villar Coelho, na última quinta-feira (7). Conhecido como "Colômbia", ele foi preso por uso de documento falso ao apresentar duas identidades, uma brasileira e outra colombiana, com nomes diferentes à delegacia da PF em Tabatinga (AM), onde havia ido voluntariamente prestar depoimento.
Em coletiva de imprensa, a PF informou que Rubens negou envolvimento com o homicídio nem com a ocultação dos corpos de Bruno e Dom. O suspeito, no entanto, é investigado por ter ligações com Amarildo e por supostamente ser um dos financiadores da pesca ilegal em terras indígenas.
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