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Ainda faltam 46 dias para que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assuma a função de mandatário principal do governo brasileiro. Apesar disso, o petista está no Egito, participando da COP-27, conferência das Nações Unidas para debater mudanças climáticas, e cumpre agenda de chefe de Estado com encontro com lideranças e representantes de outros países.
Nesta manhã Lula se encontrou com John Kerry, secretário de Estado na gestão de Barack Obama e enviado especial dos Estados Unidos à conferência. O presidente eleito também cumpriu agenda com Xie Zhenhua, representante da China no evento.
A tarde Lula teve uma reunião com o presidente do Senado brasileiro, o mineiro Rodrigo Pacheco (PSD). “A demonstração dessa disposição e de ações concretas pelos Poderes constituídos do Brasil significará a retomada, em breve, de investimentos vultosos do exterior para o nosso desenvolvimento econômico sustentável”, comentou o senador.
Além de Pacheco, participaram da reunião o ex-ministro Fernando Haddad.
Agenda
Na quarta-feira (16), Lula participa, às 11 horas (horário local do Egito) do evento “Carta da Amazônia – uma agenda comum para a transição climática”, junto com os governadores da região amazônica. Ainda na quarta, o presidente eleito faz um pronunciamento na COP27, na área da ONU.
Na sexta-feira, Lula segue para Portugal, onde tem encontro com autoridades portuguesas e de onde retornará, no fim de semana, para o Brasil.
Governo brasileiro
Na COP27 o governo brasileiro foi representado pelos ministros do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e da Educação, Victor Godoy. O ministro das relações exteriores do Brasil, Chanceler Carlos França, optou por participar do encontro de cúpula do G20, grupo que reúne os vinte países com maiores economias do mundo, que acontece simultaneamente à conferência do clima.
O presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado em sua tentativa de reeleição, optou por não participar em nenhuma das duas agendas. Desde o final da corrida eleitoral, em 30 de outubro, Bolsonaro tem se mantido isolado. Seu último comunicado público foi em 2 de novembro, num pedido para que manifestantes não limitassem o direito de ir e vir das pessoas durante protestos contra os resultados da eleição.
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