
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (3) ter enfrentado um problema em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) antes de decolar no Pará, onde cumpre agenda de entrega de obras relacionadas à COP 30.
Em entrevista à TV Liberal, o presidente relatou o susto, citando a necessidade de desembarcar por segurança. "Tivemos que descer do avião com medo que o avião pegasse fogo", contou.
O defeito, um problema no motor do avião modelo Casa C-105 da FAB, ocorreu enquanto a aeronave ainda estava em solo, antes da decolagem para a Ilha do Marajó. O C-105 é um avião de apoio, e não da frota presidencial, utilizado para acessar destinos com pistas mais curtas. Lula e a comitiva seguiram para a agenda em Breves em uma aeronave reserva, um C-97 Brasília.
Após o ocorrido, o presidente disse ter visitado a Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém, para agradecer. Lula está no Pará desde quinta-feira (2) para inaugurar obras relacionadas à COP 30, marcada para ocorrer em novembro, na capital do estado.
Posicionamento do Planalto
A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) informou, em nota, que a troca de aeronave foi motivada por um protocolo de segurança. A Secom confirmou que, ainda em solo, durante os procedimentos de acionamento dos motores, foi identificado um problema técnico-operacional.
"Por precaução e seguindo protocolos de segurança, a FAB optou por utilizar uma aeronave reserva (sempre disponível nas missões presidenciais). O voo foi realizado normalmente e o presidente cumpriu toda a agenda prevista em Breves em segurança e sem alterações no roteiro", diz a nota.
Outro incidente
Não é a primeira vez que o presidente enfrenta dificuldades em voos oficiais. Em outubro de 2024, o avião presidencial VC-1 teve um problema técnico logo após decolar no México. Na ocasião, a aeronave precisou sobrevoar por quase cinco horas para consumir combustível e pousar em segurança, e Lula retornou ao Brasil em um avião reserva.