Prisão domiciliar

Moraes manda Bolsonaro explicar uso de celular por Nikolas em visita

Ministro proibiu ex-presidente e visitantes de usar o telefone

Agência Brasil
Publicado em 26/11/2025 às 16:08.Atualizado em 26/11/2025 às 16:14.
Nikolas Ferreira durante visita ao ex-presidente, em 21 de novembro (Reprodução TV Globo)
Nikolas Ferreira durante visita ao ex-presidente, em 21 de novembro (Reprodução TV Globo)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a defesa de Jair Bolsonaro explique, no prazo 24 horas, o uso de celular pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante visita realizada ao ex-presidente, em 21 de novembro, quando ele ainda cumpria prisão domiciliar.

Segundo Moraes, a visita do parlamentar mineiro foi autorizada, mas a utilização de celulares estava proibida. A medida é válida para o ex-presidente e para visitantes.

O suposto uso do aparelho foi flagrado por veículos de imprensa e também foi denunciado pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que enviou ao Supremo uma notícia-crime contra Nikolas. 

"Intimem-se os advogados regularmente constituídos de Jair Messias Bolsonaro para que, no prazo de 24 horas, se manifestem acerca da entrada e utilização de celular na visita realizada por Nikolas Ferreira, apesar da expressa proibição judicial", decidiu Moraes.

Por meio de nota, Nikolas  Ferreira afirmou que visita a Bolsonaro ocorreu dentro da normalidade de sua atividade parlamentar. Segundo o deputado, o celular não foi usado para comunicação externa. "Não recebi orientação sobre proibição do aparelho. As proibições dizem muito sobre o estado do país".

Além disso, ele criticou o STF. "Além de que criminosos usam celular na cadeia para comandar facções inteiras e ninguém da Suprema Corte dá 24h pra explicar nada. Mas celular de visita agora vira caso de "gravidade institucional". Não é justiça, é teatro pra intimidar. Patético".

Atualmente, Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão em uma sala na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília. A pena foi definida na ação penal da trama golpista. 

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