Uma nova etapa da investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado culminou, nesta sexta-feira (18), em uma operação da Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acompanhada de medidas cautelares restritivas.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), além de determinar buscas na residência de Bolsonaro, em Brasília, e em um escritório do Partido Liberal, também impôs ao ex-presidente a proibição de utilizar as redes sociais e de manter contato com seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro.
A PF cumpriu os dois mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira. Segundo a determinação de Moraes, Bolsonaro terá que utilizar tornozeleira eletrônica para monitoramento contínuo, 24 horas por dia.
Outras medidas cautelares incluem o recolhimento domiciliar noturno, entre 19h e 7h da manhã, e a proibição de se comunicar com embaixadores e diplomatas de outros países, incluindo a impossibilidade de se aproximar de embaixadas.
Carta de apoio de Donald Trump
A operação contra Bolsonaro e as medidas restritivas impostas pelo STF ganharam destaque, inclusive no cenário internacional. Na quinta-feira (17), um dia antes da ação da PF, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou uma carta em apoio a Jair Bolsonaro.
No documento, Trump classificou como "terrível" o tratamento dispensado a Bolsonaro por um "sistema injusto" e pediu o encerramento imediato do que chamou de "processo". Trump também elogiou a liderança de Bolsonaro durante seu mandato e criticou o governo brasileiro em relação a tarifas e uma suposta "censura".
Veja abaixo as restrições determinações por Moraes:
- Uso de tornozeleira eletrônica para monitoramento 24 horas
- Proibição do uso de redes sociais
- Proibição de deixar do domicílio no período noturno, entre 19h e 7h
- Proibição de se comunicar com embaixadores e diplomatas de outros países
- Proibição de se comunicar com aliados, entre eles o filho Eduardo
- Apreensão do celular e outros eletrônicos