Abismo climático

Observatório europeu confirma 2023 como ano mais quente da história

Araçuaí teve em novembro o dia mais quente no registro histórico no Brasil, com temperatura de 44,8ºC.

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
09/01/2024 às 12:09.
Atualizado em 09/01/2024 às 12:40
 (Hoje em Dia)

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O ano de 2023 foi confirmado como o mais quente já registrado, segundo o relatório do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), a agência europeia do clima, divulgado nesta terça-feira (9).

O documento revela um aquecimento, muito maior do que o suposto, com todos os recordes diários, mensais e anuais quebrados. E o alerta, segundo relatório, é que é dado como certo que 2024 será ainda mais tórrido, com recordes de temperatura manifestados em extremos climáticos.

Um relatório preliminar do Estado Global do Clima, divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), durante na COP28, em novembro, mostrou que a temperatura da Terra foi 1,48 grau Celsius acima do período pré-industrial, de 1850-1900, muito perto do 1,5 C estabelecido pelo Acordo de Paris.

Brasil 

O estudo também mostrou que os últimos nove anos, de 2015 a 2023, foram os mais quentes já registrados. Várias cidades brasileiras, por exemplo, viram os termômetros alcançarem temperaturas inéditas.

Araçuaí (a 678 km de Belo Horizonte), teve em novembro o dia mais quente no registro histórico no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Com cerca de 30 mil habitantes, a cidade mineira, localizada no Vale do Jequitinhonha, chegou no dia 19 a uma temperatura de 44,8ºC. Até então, a maior temperatura já registrada no país tinha sido de 44,7°C em Bom Jesus (PI), em 2005.

Queimadas 

Os incêndios florestais descontrolados ficaram cada vez mais frequentes e devastadores em todo o mundo, segundo o relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) publicado no começo de 2023.

O documento mostra que a ocorrência global de incêndios extremos deverá aumentar 14% até 2030, 30% até o fim de 2050, e 50% até o fim do século. Os incêndios florestais são um processo natural — os raios costumam ser o ponto de partida. O problema: a ação do homem potencializa o processo ao levar mais gases de efeito estufa para o meio ambiente, o que contribui para o aquecimento global — uma das causas do crescimento dos grandes incêndios.

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