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Confronto

Operação contra o Comando Vermelho mobiliza 2.500 agentes em comunidades do Rio

Ação no Complexo do Alemão e da Penha busca prender cerca de 100 traficantes; quatro suspeitos morreram em confronto e cinco pessoas ficaram feridas, incluindo dois policiais

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 28/10/2025 às 09:47.

Pelo menos 2.500 agentes das forças de segurança do Rio de Janeiro tentam prender, nesta terça-feira (28), cerca de 100 traficantes do Comando Vermelho (CV). Esta é mais uma etapa da Operação Contenção, iniciativa permanente do governo do estado de combate ao avanço da facção por territórios fluminenses. Até a última atualização desta reportagem, quatro suspeitos morreram em confronto.

Desta vez, as equipes foram para os complexos do Alemão e da Penha, um conjunto de 26 comunidades na Zona Norte do Rio de Janeiro. Segundo as investigações, chefes do CV do Rio e de outros estados se refugiam nessas áreas.

Traficantes reagiram a tiros e com barricadas em chamas – dezenas de colunas de fumaça podiam ser vistas de diversos pontos da cidade. A Polícia Civil afirmou ainda que, em retaliação, criminosos lançaram bombas com *drones*. Outros fugiram em fila indiana pela parte alta da comunidade.

Balanço parcial da operação

  • Quatro suspeitos haviam sido mortos em confronto. Dois eram da Bahia e um, do Espírito Santo.
  • Vinte e cinco homens foram presos, sendo que cinco foram baleados e internados sob custódia no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha.
  • Um policial do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e um delegado assistente foram baleados na perna.
  • Três inocentes também foram atingidos: um homem em situação de rua foi ferido nas costas por uma bala perdida; uma mulher que estava em uma academia, que já recebeu alta; e um homem que estava num ferro-velho.
  • Policiais apreenderam dez fuzis, duas pistolas e nove motos.

Entre os presos está Nicolas Fernandes Soares, apontado como operador financeiro de um dos chefes do CV, Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso.

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou que a operação foi desenhada com antecedência e não contou com apoio do governo federal. "Toda essa logística é do próprio estado. São aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de desordem no Rio de Janeiro", disse.

Santos destacou que cerca de 280 mil pessoas vivem nas áreas afetadas pela operação. “Lamentamos profundamente as pessoas feridas, mas essa é uma ação necessária, planejada, com inteligência, e que vai continuar”, afirmou o secretário.

Impactos na população

A Secretaria Municipal de Saúde informou que cinco unidades de Atenção Primária suspenderam o início do funcionamento e avaliam a possibilidade de abertura nas próximas horas. Uma clínica da família abriu, mas suspendeu as visitas domiciliares.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, 28 escolas fecharam no Complexo do Alemão. Na Penha, 17 não abriram. A Secretaria Estadual de Educação informou que um colégio precisou ser fechado.

O Rio Ônibus avisou que 12 linhas de ônibus estão com seus itinerários desviados preventivamente para a segurança de rodoviários e passageiros.

A ação desta terça, que também conta com promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), foi deflagrada após um ano de investigação pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). Parte dos procurados, pelo menos 30, é do Pará.

A Operação Contenção conta ainda com helicópteros, blindados e veículos de demolição, além de ambulâncias do Grupamento de Salvamento e Resgate.

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