querem justiça

Parentes e amigos se despedem do jornalista e Dom Phillips em funeral em Niterói

Da Redação*
26/06/2022 às 15:14.
Atualizado em 26/06/2022 às 15:24
Alessandra Sampaio, mulher do jornalista assassinado no Amazonas, Dom Phillips, diz que família vai acompanhar as investigações (Tânia Rêgo /Agência Brasil / Divgulgação)

Alessandra Sampaio, mulher do jornalista assassinado no Amazonas, Dom Phillips, diz que família vai acompanhar as investigações (Tânia Rêgo /Agência Brasil / Divgulgação)

Parentes e amigos se reuniram neste domingo para se despedir e homenagear o jornalista Dom Phillips, sepultado na manhã deste domingo (26), em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Ele o indigenista Bruno Pereira foram assassinados no Vale do Javari, no Amazonas. 

A família do jornalista britânico chegou ao cemitério Parque da Colina por volta das 9h, quando começou o velório de Phillips. A cerimônia foi seguida da cremação de seus restos mortais, realizada no mesmo cemitério.

A viúva, Alessandra Sampaio, e a irmã do jornalista, Sian Phillips, leram mensagens em português e inglês, destacando o amor do britânico pelo Brasil, seu compromisso com a conservação do meio ambiente e a necessidade de continuar sua luta. 

Alessandra Sampaio agradeceu o apoio que recebeu dos povos indígenas, da imprensa, de amigos jornalistas e de todos que participaram das buscas e se solidarizaram com as famílias. E disse que a família seguirá atenta aos desdobramentos das investigações. "Renovamos nossa luta para que a nossa dor e a da família de Bruno Pereira não se repitam, como também das famílias de outros jornalistas e defensores do meio ambiente, que seguem em risco". 

Sian Phillips, irmã do jornalista, destacou que ele compartilhou um leque diverso de histórias sobre os brasileiros, de ricos e poderosos a moradores de favelas e povos indígenas. "Sua missão confrontou os interesses de indivíduos que estão determinados a explorar a Floresta Amazônica sem se preocupar com o impacto destrutivo de suas atividades ilegais", disse.

Sian contou que Dom trabalhava no projeto de um livro sobre modelos de desenvolvimento sustentáveis que podem assegurar a preservação da Amazônia, tanto como lar dos povos tradicionais como fator estabilizante para o clima global. 

"Dom entendeu a necessidade de uma mudança urgente tanto na abordagem política quanto econômica da conservação. Família e amigos estamos comprometidos a continuar este trabalho, mesmo nesse momento de tragédia. A história precisa ser contada".

Relembre o caso

Do lado de fora do cemitério, um grupo de manifestantes levou uma faixa que questionava: "Quem mandou matar Dom e Bruno?". Segundo o inquérito da Polícia Federal, não há indícios de que haja mandantes na ação criminosa que matou os dois.

O jornalista e o indigenista foram vistos no Vale do Javari pela última vez no dia 5 de junho, e, após buscas, restos mortais foram encontrados no dia 15 de junho. No dia seguinte, os corpos foram levados para Brasília, onde foram periciados e identificados pelo Instituto Nacional de Criminalística.

Os restos mortais foram localizados em um local indicado pelo pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado”, que é um dos suspeitos do crime, confessou sua participação e foi preso.

(*) Com Agência Brasil 

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