Os golpes pelo WhatsApp têm se tornado cada vez mais comuns em todo o Brasil. O Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) alerta para um novo e perigoso esquema que tem sido chamado de “golpe do falso advogado”. Suspeitos enviam uma mensagem para vítimas que estão com algum processo judicial em andamento, utilizando a imagem de profissionais da área do Direito.
Com a foto do advogado, os criminosos enviam os dados das vítimas e cobram um valor para pagar uma custa do processo ou para “liberar o dinheiro da ação”. Como os golpistas têm os dados das pessoas que lutam por direitos na Justiça, muitos acabam “caindo” no golpe e fazem os pagamentos.
Como eles conseguem os dados?
Segundo o Idec, os golpistas podem conseguir esses dados em sites de processos judiciais disponibilizados na internet. Com essas informações, criam um WhatsApp com a foto do advogado e entram em contato para cometer o crime.
Outra possibilidade, segundo o Idec, são dados vazados de infraestruturas públicas digitais, como o app Meu INSS e o gov.br. A partir das informações, eles conseguem ter acesso a processos, dados de consumidores e advogados.
Como se prevenir do golpe do falso advogado?
Jamais transfira ou pague qualquer quantia sem ter certeza que é o seu advogado. A primeira atitude é ligar para o número oficial do escritório e confirmar se a mensagem que recebeu é verdadeira. Se preferir, o melhor é ir até o escritório e conversar pessoalmente com o advogado.
Se tiver acesso ao WhatsApp oficial do escritório ou do advogado, mande uma mensagem. Às vezes, só nesse contato você já vai descobrir que é um golpe.
O que fazer se for vítima?
Caso você tenha sido vítima do golpe do falso advogado, faça imediatamente um boletim de ocorrência e tente solicitar o MED (Mecanismo Especial de Devolução).
Como esses criminosos usam contas de laranjas e transferem o dinheiro para outras contas de forma imediata, é possível que você não consiga recuperar o dinheiro pelo MED, mas é importante tentar.
O boletim de ocorrência vai ajudar a polícia a identificar os criminosos e tentar acabar com essas quadrilhas que aterrorizam consumidores brasileiros.
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