Já ouviu o ditado que diz que cachorro velho não aprende truque novo? Estudo publicado nessa quinta-feira (25) na revista Scientific Reports, do grupo Nature, pode ter justificado esse ditado ao descobrir que o risco dos cães de desenvolver disfunção cognitiva canina – condição neurodegenerativa conhecida como “demência canina” – aumenta 52% por ano em animais idosos (acima de 10 anos).
Cientistas da Universidade de Washington descobriram que cachorros com a condição podem experimentar “déficits de aprendizado e memória, perda de consciência espacial, interações sociais alteradas e padrão de sono interrompido”.
Os pesquisadores acreditam que as descobertas do estudo podem ser usadas para ajudar a diagnosticar a doença em cães – e humanos.
“Dada a crescente evidência dos paralelos entre a doença cognitiva canina e humana, o diagnóstico preciso da disfunção em cães pode fornecer aos pesquisadores modelos animais mais adequados para estudar o envelhecimento humano”, explicam os cientistas no estudo.
Foram analisados mais de 15 mil cães que participaram do projeto americano Dog Aging (sobre envelhecimento canino) entre dezembro de 2019 e 2020. Os tutores foram solicitados a responder questionários sobre a saúde e o estado cognitivo de seus pets, que foram agrupados por idade.
Com base apenas na idade, os pesquisadores descobriram que o risco de desenvolver a demência canina aumentou 68% a cada ano após o aniversário de 10 anos do cachorro. No entanto, as chances diminuíram para 52% quando outros fatores, incluindo raça, problemas de saúde existentes e esterilização, foram considerados.
Apesar do risco, os cientistas descobriram que apenas 1,4% dos cachorros analisados no estudo foram classificados como portadores da disfunção cognitiva canina. Além disso, eles lembram que os achados tiveram como base as respostas dos tutores e não foram fruto de ensaio clínico.
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