Dia Mundial da Ufologia

Senado faz sessão especial sobre óvnis e existência de vida fora da Terra

Da Redação*
portal@hojeemdia.com.br
24/06/2022 às 19:42.
Atualizado em 24/06/2022 às 19:45
 (Pixabay / Divulgação)

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Uma sessão especial do Senado realizada nesta sexta-feira (24) celebrou os 75 anos de criação do Dia Mundial da Ufologia, ramo de pesquisa sobre objetos voadores não identificados (óvnis) e outros fenômenos aéreos desconhecidos. Os convidados falaram sobre a possibilidade de existência de vida fora da Terra, citaram casos de aparições de óvnis e defenderam a liberação de documentos com registros oficiais e extraoficiais do governo brasileiro sobre o tema.

O jornalista e ufólogo Ademar José Gevaerd disse que o sigilo sobre o tema continua, mas muitas nações já fizeram aberturas parciais, inclusive o Brasil e o Vaticano. Ele comemorou o fato de o governo brasileiro e a Aeronáutica terem liberado mais de 20 mil páginas de documentos, que atualmente estão no Arquivo Nacional, em Brasília (DF), à disposição de quem tiver interesse.

“A abertura não é completa, mas teve um início muito profícuo, e o que estamos fazendo hoje é parte desse processo. Estamos aqui reunidos, por exemplo, para tratar do assunto no Senado, coisa absolutamente rara. Os documentos já começam a aparecer e são reveladores”, afirmou Gevaerd.

Para o professor e estudioso de ufologia Wilson Picler, o tema segue desafiando lideranças do planeta e são tratados como segredos de Estado, mas por pressão dos ufólogos e da sociedade, o panorama está mudando.

Ele citou uma pesquisa recente feita com dois mil brasileiros, que mostrou que 32,6% dos entrevistados disseram acreditar em vida extraterrestre. Segundo Picler, esse número é expressivo se levarmos em conta que há conceitos religiosos que forçam os cidadãos a acreditarem que o ser humano é único. Entre os mais jovens (16 a 24 anos), a porcentagem é ainda maior: 46% acham que existem alienígenas.

Quando se faz um recorte por religião, a pesquisa mostrou que os agnósticos são os que mais acreditam: 65%. Seguidos por ateus (61%), espíritas (48%), católicos (30%) e evangélicos (27%).

“Nós não estamos aqui tratando de assuntos que são invenções ou elucubrações sem nenhum fundamento. Todas essas limitações, de que não tem isso, não tem aquilo, de que não seria possível, estão sendo quebradas à medida que as tecnologias avançam”, afirmou o professor. 

Pretensão
Depois de citar casos de avistamentos no mundo inteiro e de lembrar a grande quantidade de galáxias e planetas em nosso universo, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), autor do requerimento que deu origem à sessão solene no Senado, disse que é muita pretensão do ser humano achar que está sozinho.

“Depois que a Nasa colocou em órbita o Hubble, na década de 90, a humanidade precisou rever totalmente a sua perspectiva a respeito do universo. Já nos primeiros dez anos de funcionamento do telescópio, foram fotografadas 30 mil novas galáxias até então desconhecidas, sendo que algumas delas contêm mais de um trilhão de estrelas (...) Esses dados são suficientes para assegurar que estatisticamente é impossível a existência de vida inteligente apenas no planeta Terra, que é um grão de poeira diante da grandeza do universo”, disse o parlamentar.

Um dos convidados, o britânico Gary Heseltine, que é policial aposentado e vice-presidente da International Coalition for Extraterrestrial Research (Coalizão Internacional de Pesquisa Extraterrestre), disse que o tema tem que ser abordado de forma mundial. Segundo ele, a população tem sido enganada e impedida de saber a verdade há décadas. Ele deu exemplos de objetos comprovadamente vistos, como em 1942, em plena Segunda Guerra Mundial, durante um ataque aéreo a Turim, na Itália.

“Um objeto gigantesco, cilíndrico, estruturado, mecânico, voando... Em 1942, tínhamos essa tecnologia? Vocês conseguem achar isso em algum jornal de aviação? Não. Agora, 80 anos depois, ainda não temos uma máquina que chegue a 800 km/h, que não tenha asas, não tenha cauda e não tenha sistema de propulsão. Vamos acordar! Isso é real”, indagou o especialista, que considerou histórica a sessão do Senado brasileiro.

Ao final da sessão comemorativa, o senador Eduardo Girão apresentou a “Carta de Brasília”, na qual os ufólogos recomendaram a criação de uma comissão permanente mista, civil e militar, para que seja viável a realização de pesquisas organizadas sobre o tema.

(*) Com Agência Senado.

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