Com o aumento do número de casos envolvendo o chamado golpe do falso advogado, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) divulgou comunicado alertando sobre a nova modalidade de fraude. Dicas sobre como a população pode se proteger também foram divulgadas.
O tribunal destaca que não faz ligações para cobrar qualquer tipo de taxa e orienta que as pessoas desconfiem desse tipo de contato feito, normalmente, via meios eletrônicos ou mensagens de aplicativos que solicitem dados individuais, solicitações de senhas e promessas de vantagens.
“Os criminosos se apropriam de informações autênticas das vítimas, como nome, CPF, número de processo, valores a receber e até dados de advogados, para exigir o pagamento de supostas taxas judiciais e obter ganhos ilícitos”.
De acordo com o TJRJ, “os estelionatários usam informações pessoais e de processos judiciais, obtidos geralmente em fontes abertas e banco de dados, a fim de entrar em contato com as vítimas de forma convincente”. Para enganar as vítimas, os fraudadores utilizam fotos, documentos com logotipos, timbres e brasões e até mascaram o número de telefone de órgãos oficiais.
O tribunal tem atuado em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro no combate às fraudes. A OAB/RJ lançou, inclusive, uma cartilha de combate ao golpe do falso advogado.
Em MG, estelionatários já usam até IA para cometer golpe do 'falso advogado'
Conforme mostrou o Hoje em Dia, estelionatários turbinaram o golpe do “falso advogado” em Minas, que já soma pelo menos 500 casos em menos de oito meses. Agora, além de usar o nome e a imagem de profissionais do Direito, os bandidos recorrem à Inteligência Artificial para criar áudios falsos, informando pessoas com ações judiciais que o processo foi finalizado e que elas têm valores a receber.
Com o áudio simulado pela IA, os golpistas confirmam dados com os clientes e, em seguida, realizam cobranças para liberar as indenizações.
Segundo a OAB-MG, ações trabalhistas e previdenciárias (como aposentadorias e revisões de benefícios) são as mais exploradas pelos golpistas. A OAB informou que faz campanhas direcionadas à sociedade e à advocacia para alertar sobre o golpe e como se proteger.
Por nota, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais informou que os dados de processos públicos são disponibilizados conforme previsão legal. As plataformas de consulta não são de responsabilidade exclusiva do TJMG, mas geridas e supervisionadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
"Ressaltamos que todo cidadão tem acesso às informações de processos quando estes não tramitam sob segredo de justiça. Eventuais desvios devem ser denunciados aos órgãos competentes, tais como a Polícia, o Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e, no âmbito do TJMG, a Corregedoria-Geral de justiça".
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