Governo chama proposta da PM de "retrocesso" e greve continua em Salvador

Folhapress
Publicado em 16/04/2014 às 23:25.Atualizado em 18/11/2021 às 02:09.
 (Lúcio Távora/Agência A Tarde/Estadão Conteúdo)
(Lúcio Távora/Agência A Tarde/Estadão Conteúdo)

O governo da Bahia informou na noite desta quarta-feira (16) que as reivindicações dos policiais militares do Estado ultrapassam o limite financeiro da gestão.

 "Essa nova pauta nos causa muita surpresa. Falamos que já estávamos no nosso limite e, hoje, recebemos a proposta com mais coisas inseridas. Esses pontos nos dariam um gasto anual de mais R$ 600 milhões. Consideramos isso um retrocesso", afirmou, em nota, o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa.
 
O secretário disse que o governo se mantém aberto a negociações, mas pediu uma proposta "razoável". "Esperamos isso rápido porque dependemos desta resposta para chegar a um consenso", completou.
 
Barbosa disse que a gestão já havia feito concessões, como a autorização para PMs mulheres aos 25 anos de serviço e o aumento de uma gratificação que representa despesa de cerca de R$ 50 milhões para o Estado. A PM reivindica outros pontos, como a supressão de determinadas sanções disciplinares no novo código de ética da corporação, ainda em fase de elaboração.
 
A PM baiana anunciou greve na noite dessa terça (15). A paralisação motivou uma série de transtornos hoje, sobretudo em Salvador, a cidade mais afetada. Houve saques, ônibus deixaram de circular, escolas e lojas fecharam as portas.
 
O governo pediu ajuda à União e o Estado começou a receber ainda hoje reforço de tropas do Exército e da Força Nacional de Segurança.
 
A reportagem não conseguiu contato na noite desta quarta com representantes da paralisação da PM baiana.
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