Governo diz que Brasil está preparado para ‘instabilidade externa’

Bruno Moreno
bmoreno@hojeemdia.com.br
24/06/2016 às 20:12.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:02


Com a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia, o mundo aguarda mais uma maré recessiva, que pode atrapalhar os esforços de recuperação econômica pós-2008. No entanto, o Brasil estaria seguro contra essa “onda”, garante o Ministério da Fazenda.

 Analistas afirmaram ao Hoje em Dia que ainda é cedo para concluir se a saída do Reino Unido da União Europeia terá impactos positivos ou negativos no comércio exterior brasileiro. No entanto, há oportunidades que podem surgir. Para o consultor de negócios internacionais da Fiemg, Alexandre de Brito Santos, a tendência é que o Reino Unido construa acordos bilaterais com vários países, e o Brasil poderia ser um deles. “As nossas exportações para o Reino Unido são de produtos em que temos boa competitividade, como ouro, minério, produtos agroindustriais e alimentos”, detalha.

 Já o cientista político e professor do Ibmec Adriano Gianturco acredita que o impacto para o Brasil é mínimo, principalmente por ser um país muito fechado ao comércio exterior, com muitas barreiras. Ele também concorda que será o momento de o Brasil fazer acordos com os britânicos.

Colchão
As reservas internacionais brasileiras, que somavam US$ 374,6 bilhões em maio, seriam um dos lastros que o país teria para utilizar em caso de necessidade, de acordo com o Banco Central. Já os investimentos externos no país somaram US$ 79,4 bilhões nos últimos12 meses.

 Em nota, o ministério destaca que a entrada de investimento direto estrangeiro tem sido suficiente para financiar as transações correntes. “Nesse contexto, o Brasil está preparado para atravessar com segurança períodos de instabilidade externa”, enfatiza a nota da Fazenda. 

 O Banco Central também informou que monitora os mercados global e doméstico, e que poderá adotar medidas para manter a normalidade dos mercados financeiro e cambial.Atualmente, a dívida bruta brasileira é de R$ 4,039 trilhões. [INTERTITULO]

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