Água do Rio Paraopeba apresenta riscos à saúde humana e animal, alerta Estado

Renata Evangelista
31/01/2019 às 08:30.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:19
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

A água do Rio Paraopeba, que foi atingida pela onda de lama que vazou da barragem Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, apresenta riscos à saúde humana e animal. O alerta foi feito pelo Governo de Minas, que divulgou os resultados iniciais do monitoramento feito no rio.

Por causa do risco, e por questão de segurança, a utilização da água bruta para qualquer finalidade não é recomendável, "até que a situação seja normalizada". A nota conjunta, publicada nesta quinta-feira (30), é assinado pelas secretarias de Saúde (SES-MG), de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

Segundo a nota técnica, "deve ser respeitada uma área de 100 metros das margens". As secretarias dizem, porém, que o contato eventual não causa risco de morte. "E para os bombeiros, que têm trabalhado em contato mais direto com o solo, a orientação da Saúde é para que utilizem todos os equipamentos de segurança".

Ainda conforme o Estado, a orientação é válida desde a confluência do Rio Paraopeba com o Córrego Ferro-Carvão até Pará de Minas.

Reações

A orientação para aqueles que tiveram contato com a água atingida pelos rejeitos de minério, inclusive ingerindo alimentos que também tiveram esse contato, e apresentarem náuseas, vômitos, coceira, diarreia, tonteira ou outros sintomas devem procurar imediatamente uma unidade de saúde.

Abastecimento

O Governo de Minas declarou, ainda, que determinou que a mineradora Vale, responsável pela barragem que se rompeu, forneça água potável para as comunidades afetadas, evitando, assim, o risco de desabastecimento. "Paralelamente, foi suspensa a necessidade de emissão de outorga para a perfuração de poços artesianos. Servidores da Secretaria de Agropecuária estão percorrendo a região de 20 municípios para dar orientações de não utilização da água desses cursos".

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