Área de 14 km será queimada na Serra do Cipó para prevenir incêndios

Hoje em Dia
09/06/2015 às 19:54.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:24
 (Luisa Cristina de Almeida Campos/Divulgação)

(Luisa Cristina de Almeida Campos/Divulgação)

Um trecho de 14 quilômetros do Parque Nacional da Serra do Cipó e da Área de Preservação Ambiental (APA) Morro da Pedreira, na região Central de Minas, serão incendiados em junho para, justamente, controlar as chamas durante o período seco. A área queimada é chamada de aceiro negro e é feita de forma controlada, como uma medida para controlar queimadas.   A medida foi aprovada pelo conselho dos parques no último 3 de junho. Os aceiros deverão ser feitos com o corte e a retirada da vegetação de faixas de seis metros de largura, em torno das áreas que se quer proteger.    O trabalho será executado com o apoio dos 28 brigadistas contratados pelo ICMBio, responsáveis por organizar o processo da realização da queima do material vegetal retirado de forma segura. Os aceiros negros serão confeccionados pela Brigada de Incêndios em áreas relativamente planas, perpendiculares às estradas existentes e à direção predominante do vento, no Vale dos Ribeirões Mascates e Bocaina, além de uma faixa de proteção localizada no entorno da Portaria Alto Palácio.   A motivação para a medida é a devastação causada pelos incêndios ocorridos em outubro e novembro de 2014, que destruíram mais de 30 mil hectares na Serra do Cipó e atingiram as unidades de conservação, como o Parque Nacional da Serra do Cipó, o Parque Estadual da Serra do Intendente e a APA Morro da Pedreira.   Após a construção dos aceiros será realizada a queima de duas áreas, em um Projeto Piloto de Manejo Integrado do Fogo (MIF), uma junto à sede administrativa do Parque de 2,93 hectares e outra área de 2,25 hectares, na Lagoa Comprida, localizadas nos Vales do Rio Cipó e Ribeirão Mascates entre as vias existentes e a borda das matas ciliares.   A queima tem como principal objetivo reduzir o risco de incêndios e será realizada observando-se rigorosos procedimentos técnicos, que permitem a fuga da fauna e reduzido impacto ambiental. O manejo do fogo já é uma experiência de êxito no Parque Nacional das Emas, em Goiás e em outras partes do mundo, como nos parques da Austrália e África do Sul.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por