Única maria-fumaça da Grande BH estreia itinerário

Alessandra Mendes - Do Hoje em Dia
30/06/2012 às 20:31.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:13
 (Samuel Costa)

(Samuel Costa)

De pé na plataforma, ouvindo o som do apito e vendo a fumaça tomando conta do ar, dona Maria de Fátima Santos, de 73 anos, ainda não conseguia acreditar que ia realizar um sonho de infância. “Sempre quis passear num trem como esse, mas nunca tive a oportunidade”, ressaltou. Ela e outras 140 pessoas andaram, pela primeira vez, nos vagões do Trem das Cachoeiras, em Rio Acima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, inaugurado neste sábado (30).

O passeio, com percurso de cerca de 500 metros, foi apenas uma amostra do que os moradores e turistas vão poder desfrutar a partir do dia 28 de julho, quando o trem, o primeiro do tipo na Grande BH, começa a operar. O trecho previsto, de 7 km (ida e volta), vai margear o rio das Velhas, que corta a cidade.  De terça a sexta-feira, a locomotiva ficará reservada para passeios de estudantes e grupos previamente agendados. Nos fins de semana e feriados, o passeio será aberto a moradores e turistas.
Se depender dos rio-acimenses, o novo ponto turístico será um sucesso. Simone Cibele Gomes, de 39 anos, fez questão de levar o filho pequeno e aprovou a novidade. “A experiência foi muito boa. Com certeza, vou voltar mais vezes”. O prefeito Raimundo Cirilo da Silva foi além e apostou na ideia como um chamariz de visitantes. “Vamos aquecer o turismo e a economia da cidade”, afirmou.
Para andar na maria-fumaça, a 15 km/h, é preciso desembolsar R$ 20 ou R$ 28, dependendo da escolha do vagão. Mas quem comprovar moradia em Rio Acima tem desconto de 40%. O Véu da Noiva e o Samsa são mais baratos que o Chica Dona, que tem decoração mais requintada. Os três compartimentos, batizados por alunos da cidade, têm ar-condicionado, música ambiente e televisão. 
O projeto, fruto de uma parceria entre o Centro de Referência Ambiental e Turística (Crat) e a prefeitura, custou cerca de R$ 3 milhões. O diretor do Crat, Flávio Garcia Iglesias Fernandes, aposta no retorno do investimento em até 5 anos. “Mas o que importa é o apelo social”.

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