(Samuel Costa)
Depois de muita polêmica sobre os blocos de concreto na ciclovia da orla da Lagoa da Pampulha, a BHTrans deve apresentar nesta sexta-seira (10) o projeto de intervenção na pista. A medida é um pedido de moradores e ciclistas que utilizam a área de lazer. A comunidade pleiteia a reconstrução da ciclovia na calçada, junto ao meio fio, em vez de ocupar parte da pista de carros, o que daria mais espaço aos veículos.
O assunto divide opiniões. Quem defende a retirada dos blocos de concreto argumenta que a pista virou palco de acidentes. “No último domingo, um rapaz bateu a cabeça no bloco. De janeiro a junho deste ano foram 40 acidentes com ciclistas atendidos pelo Samu”, afirma o diretor de Infraestrutura e Trânsito da Associação Pro-Civitas dos Bairros São Luís e São José, Helder Novais, de 58 anos.
Em maio deste ano, diretores da entidade apresentaram ao prefeito Marcio Lacerda um pedido de reconstrução da ciclovia sobre o passeio, retirando os blocos de concreto que a demarcam ao longo de 7,8 km. Em outros 11,5 km as bicicletas trafegam na calçada, em circuito paralelo à pista de caminhada.
Novais argumenta que, da forma como é hoje, a ciclovia não teria o padrão exigido pelo Ministério das Cidades, com mão dupla. “O projeto que será apresentado pela BHTrans será avaliado pela comunidade, que irá propor mudanças, se necessário”. Para o presidente da Associação Amigos da Pampulha, Flávio Marcus de Campos, a ciclovia tornou-se perigosa. “Tomaram parte da rua para as bicicletas. Ficou apertado para os carros e muito perigosa para os ciclistas. Estou preocupado”, frisou.
A BHTrans informou que o principal critério técnico na elaboração de um projeto de ciclovias é dotar a pista de mecanismos de segurança, o que também depende do comportamento dos ciclistas, que devem transitar em velocidade moderada.