6,7 milhões de universitários batalham por diploma no país

TELMO FADUL - Do Hoje em Dia
17/10/2012 às 07:43.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:17
 (Roosewelt Pinheiro/Abr)

(Roosewelt Pinheiro/Abr)

BRASÍLIA – O Ministério da Educação divulgou na última terça-feira (16) as informações preliminares do Censo da Educação Superior de 2011. Os números mostram que, no ano passado, havia mais de 6,7 milhões de estudantes de graduação no país: a maior parte, quase 5 milhões, na rede privada; o restante, menos de 1,8 milhão, na rede pública, principalmente a federal.

Em comparação a 2010, o total de alunos cresceu 7,9% no primeiro caso e 4,8% no segundo.

“Nós, agora, vivemos uma expansão um pouco mais lenta do que a registrada no início da década de 2000 porque estamos consolidando as conquistas desses anos, como o Fies, o Prouni e o Reuni”, explicou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em referência ao Financiamento Estudantil, ao Programa Universidade para Todos e aos planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais.

“Durante mais de 20 anos, o número de vagas no ensino superior ficou praticamente estável, subindo muito pouco. Por isso, nosso nível educacional ainda é baixo quando comparado ao de outros países da América do Sul”, completou Mercadante.


Carreira

Os dados do MEC revelam que o aumento das matrículas, entre 2010 e 2011, verificou-se com mais força nos cursos tecnológicos. Há dois anos, o total de alunos nessa modalidade era de pouco mais de 781 mil. No ano passado, ultrapassou 870 mil, um salto de 11,4%. Em relação aos bacharelados e às licenciaturas, o crescimento foi de 6,4% e 0,1%, respectivamente.


Mercado

Para o ministro, a maior procura pelas carreiras tecnológicas indica que os jovens estão se voltando para esse nicho do mercado de trabalho. “É uma necessidade que se impõe a um país que está buscando cada dia mais o desenvolvimento”.

Também chama atenção o aumento do percentual de graduandos na camada mais pobre da população. Em 1997, apenas 0,5% dos brasileiros de menor renda (20% da população) frequentavam o ensino superior. Em 2011, foram 4,2%. “Mais do que a valorização do salário mínimo, mais do que as iniciativas de transferência de renda, o que diminui a desigualdade social é a educação”, diz Aloizio Mercadante.

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