80% dos casos de cegueira poderiam ser evitados

Michelle Maia - Do Hoje em Dia
10/07/2012 às 06:57.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:26
 (MAURICIO DE SOUZA)

(MAURICIO DE SOUZA)

Oito em cada dez casos de perda de visão poderiam ser evitados, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Algumas patologias oftalmológicas não apresentam sintomas e, outras, quando se manifestam, costumam estar em estágio avançado. Segundo especialistas, a falta de informação contribui para que as pessoas busquem assistência quando já é tarde demais.

O professor da Faculdade de Medicina da UFMG Márcio Nehemy afirma que visitas periódicas ao oftalmologista fazem toda a diferença. “Através do exame clínico e de testes complementares, podemos verificar eventuais alterações”, explica ele, que esclarece, nesta terça (10), no Dia Mundial da Saúde Ocular, alguns mitos.

Um deles é associar a dor de cabeça com problemas de visão. “Nem sempre. Algumas pessoas que necessitam de óculos grau, mas não sabem disso, focam objetos a custo de esforço. E esse esforço contínuo pode causar dor, mas, se a dor de cabeça independe do uso da visão, outras causas devem ser investigadas”, orienta Nehemy.

É comum, depois dos 40 anos, a pessoa reclamar que está com “vista cansada”. Porém, explica o especialista da UFMG, há exceções. “Realmente, depois dos 40 anos, passamos a ter dificuldade de enxergar de perto, tirando os míopes. Eles não conseguem enxergar bem de longe, mas, provavelmente, não terão dificuldades para ver objetos próximos”, afirma.

Crianças

A baixa visão na infância, na maioria das vezes, mostra a necessidade de óculos. E as crianças, geralmente, não têm a noção exata do que seja uma visão perfeita. Nehemy alerta que os pais devem estar atentos a sinais que podem revelar alguma dificuldade para enxergar, como, por exemplo, tapar um dos olhos de cada vez e ver a reação da criança.

A técnica em segurança do trabalho Vanessa Gabriela de Andrade percebeu, há três anos, que a filha Laura Gabriela, de 7 anos, tinha problemas para enxergar. “Ela trombava nas coisas e entortava o olho”. Para fortalecer a vista “preguiçosa”, Laura usou, com recomendação médica, um tampão no outro olho. Hoje, os óculos garantem à menina uma boa visão.

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