Ação de vândalos leva destruição a áreas verdes do Parque das Mangabeiras

Milson Veloso - Hoje em Dia
01/11/2013 às 15:17.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:50
 (Eliane Torino)

(Eliane Torino)

O Parque das Mangabeiras, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, uma das áreas verdes mais importantes da capital mineira, tem sofrido com a ação de vândalos. Há cerca de um mês um quiosque foi incendiado e, agora, algumas partes estão sendo pichadas. Nem mesmo as árvores escapam do comportamento criminoso, criticada por quem frequenta o local.

O bartender Felipe Oliveira dos Reis Faria, de 28 anos, mora no bairro Silveira, região Nordeste da cidade, e costuma ir ao parque a cada duas semanas, acompanhado do filho Matias, de oito anos. "É lamentável tal atitude dos vândalos que depredam o patrimônio público por um vil prazer de destruição", reclama.
 



Árvores, placas e paredes são base para a pichação (Fotos: Eliane Torino/Colaboração)
 

A internauta e fotógrafa Eliane Torino enviou ao Hoje em Dia algumas imagens mostrando o cenário do Mangabeiras com as intervenções dos pichadores. Onde funcionava o quiosque, além da destruição pelo fogo, também há a "sinalização" com palavras e rabiscos, datados do dia 29 de março deste ano. Em outras partes, árvores antigas também foram alvo dos criminosos.

"É necessário desenvolver políticas públicas de orientação à conservação do patrimônio público nas escolas, conscientizando a população a utilizar tais espaços de forma racional e educada", sugere Felipe Oliveira, ao criticar a falta de iniciativa da administração municipal para impedir este tipo de situação.

Por outro lado, a Fundação de Parques Municipais afirma que isso é algo esporádico. Segundo o presidente da instituição, Hugo Vilaça, responsável por 72 áreas como essa na capital, várias campanhas têm sido feitas para mudar a postura da sociedade.

"O Mangabeiras é muito grande e há vigilância, mas não dá para estar em todos os lugares. A gente tem problemas pontuais e atua de acordo com o que ocorre", explica.

Vilaça acrescenta que os danos contra o patrimônio representam um gasto significativo aos cofres públicos. "É o dinheiro da população que precisa ser usado no reparo", alerta. Apesar disso, a instituição não tem dados de quanto é gasto anualmente para essas restaurações.

Conforme a Fundação de Parques, sempre que algo assim acontece, a Polícia Militar é acionada para registro de uma ocorrência. Nos casos acima, ninguém foi preso. Quando um responsável pela pichação é encontrado, pode ser detido e responder por vandalismo e crime ambiental. Nesses casos, a legislação determina detenção de três meses a um ano, além de multa.

Ainda conforme a fundação, a Prefeitura de BH destina de R$ 1,3 milhão para manutenção  nos 72 parques do município.

Parte dessa verba é usada em um contrato de manutenção com uma empresa terceirizada, onde estão previstas ações corretivas e preventivas, que incluem reparos, pinturas, reposições de peças e obras de melhorias. No caso do vandalismo, as ações se concentram em reparos de brinquedos, cercas, mobiliários em geral e roubos.

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