Ações de restauração ecológica estão sendo ampliadas em Minas Gerais

Da Redação
horizontes@hojeemdia.com.br
28/05/2018 às 18:05.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:19
 (Divulgação/Semad)

(Divulgação/Semad)

As ações de restauração do meio ambiente estão sendo ampliadas em Minas Gerais. Incrementos nos viveiros de produção de mudas e no reflorestamento de áreas degradadas são algumas das iniciativas realizadas pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). 

“Temos focado na obtenção de produtos que subsidiem a tomada de decisões em larga escala, por meio da priorização de recursos financeiros, materiais e humanos”, frisa a diretora de Conservação e Recuperação de Ecossistemas do órgão, Fernanda Teixeira Silva.

A gestora reforça que o IEF tem como um dos seus objetivos o desenvolvimento de programas de fomento florestal, fornecendo apoio aos produtores rurais para a recuperação de terrenos. 

Viveiros de produção de mudas estão sendo reformados, estruturados e modernizados. Por meio do projeto Plantando o Futuro, coordenado pela Codemge, um termo de cooperação mútua foi formalizado com o IEF. Em Leopoldina, na Zona da Mata, por exemplo, as melhorias já começaram a ser realizadas.

Lá, foram instalados canteiros suspensos e entregues insumos para a produção de mudas. Há ainda a previsão para a reforma do sistema de irrigação do local, com investimento de cerca de R$ 1 milhão.

Pelo projeto de Proteção da Mata Atlântica (Promata II), financiado pelo banco alemão KfW, estão sendo modernizados os viveiros de Governador Valadares (Leste de Minas), Ubá (Zona da Mata) e Lavras (Sul). Nesses locais, foram adquiridos materiais e insumos e iniciada a instalação de canteiros suspensos. Os investimentos chegam a R$ 900 mil.

Regularização

Para fortalecer a cadeia de restauração no Estado, o Promata II começou a desenvolver, em 2018, o Programa de Regularização Ambiental (PRA), ferramenta que sucederá o Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Segundo o gerente de Fomento e Recuperação Ambiental do IEF, Thiago Gelape, uma consultoria contratada será responsável pela realização de reuniões e oficinas, com a participação de representantes de diversas instituições que possuam interface com o PRA. “O objetivo é obter subsídios para a construção de proposta de marco legal e também de um manual para o programa”, afirma.

Para efetivar a iniciativa, diversos mecanismos estão sendo desenvolvidos. Um deles é a construção de um Plano Estratégico para a Restauração Ecológica, ferramenta que possibilitará o engajamento de grupos de interesse nas tomadas de decisão e gestão participativa das ações que envolvem os trabalhos de recuperação.

O documento será criado por meio da Metodologia de Avaliação de Oportunidades de Restauração (ROAM), elaborada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e pelo World Resources Institute (WRI), já adotada em diversos países.

Segundo a analista ambiental da Diretoria de Conservação e Recuperação de Ecossistemas do IEF, Juliana Chaves, a metodologia considera diversos aspectos relacionados à restauração, como paisagens, identificação de estratégias e técnicas viáveis para a implementação. “Observa também aspectos socioeconômicos, além da tomada de medidas para evitar mais reduções da cobertura florestal nativa”, explica.

Rio Doce

Diversas ações de restauração florestal vêm sendo desenvolvidas na região da bacia do Rio Doce, em Minas Gerais, por várias instituições públicas e organizações não governamentais e privadas. As experiências de restauração da região atingida pelo rompimento da Barragem de Fundão, em novembro de 2015, têm servido como ferramenta para a difusão de conhecimentos.

“As áreas monitoradas e avaliadas já estão sendo selecionadas, e o produto final será um livro sobre as lições aprendidas com a aplicação das ações de restauração na bacia do Rio Doce”, conta o analista ambiental da Diretoria de Conservação e Recuperação de Ecossistemas do IEF, Fábio de Alcântara Fonseca.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por