(Frederico Haikal)
Belo Horizonte é nacionalmente conhecida como reduto da boemia e da gastronomia. A capital mineira, que completa 115 anos nesta quarta-feira (12), se orgulha de sustentar o título de cidade com maior número de bares e restaurantes por habitante. São aproximadamente 12 mil estabelecimentos do ramo, que oferecem opções para todos os tipos de gosto.
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Mas apesar do sucesso dos bares e restaurantes, BH também conquista os paladares com as comidinhas de rua e a hospitalidade dos vendedores. Após uma noite de balada, ou até mesmo para quem quer curtir a tranquilidade da cidade, é comum procurar pelos ambulantes com seus carrinhos de comida. Andando pelas ruas da capital mineira é possível encontrar de tudo. Do famoso cachorro quente, passando pelas guloseimas dos pipoqueiros, até o quase extinto churro. Um dos vendedores mais famosos e tradicionais de BH é Sidney Godinho, de 46 anos. Há 25 anos ele vende pipoca na Praça do Papa, no bairro Mangabeiras, região Centro-Sul de Belo Horizonte. O 'pipocólogo', como se auto-intitula, já faz parte do cartão-postal da capital. Sidney conta que herdou a profissão da família e que desde os 10 anos acompanhava o pai nas ruas de BH. O sucesso atribuído à sua pipoca, ele garante, é por causa da qualidade do produto, feito de forma artesanal, e também ao seu bom-humor, que o fez cativar clientes fieis. Com a profissão, que ele desempenha há 33 anos, o 'pipocólogo' sustenta os dois filhos. "Nunca pensei em mudar de ramo, mas já cogitei criar novas fontes de renda". Atualmente, Sidney oferece em seu carrinho cinco sabores de pipoca - manteiga, leite condensado, queijo, bacon e mista - mas ele garante que já tem 20 novos sabores projetados, inclusive, dois podem ser lançados ainda este ano. "Queria que tivesse mais infraestrutura, assim poderia produzir mais sem perder na qualidade do produto". Durante todo esse período que trabalha na Praça do Papa, o pipoqueiro disse ter presenciado histórias engraçadas e inusitadas envolvendo políticos, jogadores de futebol e a elite da cidade. Mas o que mais o marcou foi a presença do papa João Paulo II, em 1980, na Praça do Papa. Depois dessa data, o local que originalmente se chama Praça Israel Pinheiro teve seu nome alterado. "É gratificante trabalhar em um ponto turístico de BH. O clima agradável e a vista panorâmica favorece muito. Além disso é muito tranquilo e bom trabalhar com os belo-horizontinos", elogia. Para quem quer conhecer a famosa pipoca vendida na Praça do Papa, Sidney bate cartão no local de quinta-feira a domingo, das 14h às 22h30. Veja abaixo um roteiro de comidinhas de rua famosas em BH: - Lasanha: avenida Afonso Pena, em frente ao clube Ginástico, no bairro Serra - Cachorro quente e hambúrguer: esquina das ruas Nadir com Francisco Bicalho, no bairro Caiçara - Pipoca: Praça do Papa, no bairro Mangabeiras - Tapioca: avenida Augusto de Lima, próximo ao Fórum, bairro Barro Preto - Tropeiro: no Mineirão, na Pampulha - Macarrão: alameda dos Coqueiros com avenida Santa Rosa, na Pampulha