(Fiemg/Divulgação)
A nova fase da flexibilização social em Belo Horizonte será voltada para as atividades culturais. Fechados há quase sete meses, cinemas, teatros, museus e espaços de exposições serão reabertos em até 15 dias. Um protocolo com as medidas de segurança para evitar o contágio da Covid-19 deve ser divulgado na semana que vem.
As regras de funcionamento estão sendo finalizadas pela Belotur e Secretaria Municipal de Cultura. Em seguida, as normas passarão pelo crivo do Comitê de Enfrentamento de Combate à Covid-19. O documento, no entanto, não permitirá a retomada de boates, grandes shows e festas, como de casamento e formatura.
“A gente sabe da importância do setor para a economia, na geração de emprego e renda. Mas o estudo tem que ser feito com cautela. Aos poucos, de forma lenta, graduada e, principalmente responsável, para ir flexibilizando o que é possível”, disse o presidente da Belotur, Gilberto Castro.
Conforme ele, é possível fazer o controle do público nesses locais e, assim, barrar a transmissão da Covid-19. Distanciamento entre as pessoas, uso de máscara e medição da temperatura corporal farão parte da nova rotina.
“Mas não está na mesa de negociação grandes aglomerações. Em boates e festas, o comportamento é diferente. No teatro e show sentado todo mundo usa máscara”, disse.
No aguardo
Mesmo em meio à retomada que se aproxima, empresários do ramo seguem preocupados. Para alguns, o processo não será fácil, já que muitas famílias ainda devem evitar as atividades de lazer. “Será um trabalho de reconquista, porque as pessoas não irão ao cinema de imediato”, observa o proprietário do cinema Belas Artes, Adhemar Oliveira.
Endividado e sem dinheiro no caixa devido à pandemia, o tradicional espaço de Lourdes, na região Centro-Sul, organiza uma campanha de financiamento coletivo. Cerca de R$ 200 mil para o complexo de três salas já foram levantados.
Quem também segue na expectativa é o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), na Praça da Liberdade. O museu garante já estar pronto para receber o público. O planejamento deve ser o mesmo seguido nas unidades de São Paulo e Rio de Janeiro, que já retornaram.
Nesses locais houve redução do horário de funcionamento e a implantação de controle de fluxo, sinalização de distanciamento no piso e totens de álcool em gel, além da medição de temperatura dos visitantes e uso obrigatório de máscaras.
SAIBA MAIS
Belo Horizonte confirmou 322 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando a 44.127 infectados desde o início da pandemia. A capital também atestou dez mortes provocadas pelo novo coronavírus no mesmo intervalo. Agora, o número de óbitos chega a 1.331. Mais de 82% tinham mais de 60 anos.
Já o número médio de transmissão por infectado (Rt) se manteve estável após três dias consecutivos de alta. O indicador está em 1,06 - mesmo do dia anterior. O indicador está em nível amarelo, de alerta.