Acordo entre PBH, Consol e Cowan sobre viaduto será discutido nesta terça-feira

Hoje em Dia
16/09/2014 às 08:02.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:13
 (Samuel Costa)

(Samuel Costa)

Setenta e dois dias após a queda do viaduto Batalha dos Guararapes, na região Norte de Belo Horizonte, uma tentativa de acordo entre prefeitura e as empresas responsáveis pela obra – Cowan Construtora e Consol Engenheiros Consultores – acontecerá, nesta terça-feira (16), no Ministério Público de Minas Gerais. O encontro está marcado para as 17 horas.

“É uma proposta de conciliação para reparação dos danos causados”, afirmou o promotor Eduardo Nepomuceno. Caso não haja acordo e as empresas se recusem a reconstruir o elevado ou devolver o dinheiro aos cofres públicos, terão que encarar um processo judicial.

Ele ressaltou, porém, que as obras de um novo viaduto dependem também da aprovação da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap). Há ainda a possibilidade de a Justiça barrar qualquer intervenção no local, atendendo a uma reivindicação dos moradores dos conjuntos habitacionais vizinhos.

Retorno

Com a implosão da alça norte do elevado, no último fim de semana, e eliminados os riscos às estruturas próximas da área, famílias inteiras vão, aos poucos, voltando para os apartamentos e retomando a rotina.

Com os hábitos alterados em função do acidente, que resultou na morte de duas pessoas e deixou outras 23 feridas, a aposentada Maria Helena Dias, de 51 anos, passou, ontem, a primeira noite, após mais de dois meses, em casa. “Não saio daqui. Não aguento mais ficar trancada no hotel, presa em um quarto com TV e sem a liberdade que sempre tive”.

O retorno aconteceu tão logo os vidros das janelas do apartamento, no bloco 8 do edifício Antares, foram substituídos. No total, pelo menos cem estruturas de 61 apartamentos, incluindo o edifício Savana, foram danificados com a implosão de parte do elevado, na manhã do último domingo. Funcionários da Construtora Cowan trabalharam na recuperação das janelas e portas durante a tarde de ontem.

ALÍVIO

Síndica do bloco 9 do mesmo edifício, a autônoma Cenita Meireles de Oliveira Alves, de 43 anos, também conta as horas para retomar o dia a dia no apartamento onde vive com o marido, o filho de 15 anos e um cão de estimação. “Estou tão feliz em poder voltar para minha casa que vocês não têm ideia. A poeira que ficou e o barulho, agora, são o de menos”.

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