Acusado de matar jornalista Rodrigo Neto é julgado em Ipatinga

Hoje em Dia
28/08/2014 às 09:44.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:58

O policial civil Lúcio Lírio Leal, apontado como um dos assassinos do jornalista Rodrigo Neto, começou a ser julgado pelo crime na manhã desta quinta-feira (28), no Tribunal do Júri de Ipatinga, região do Vale do Aço. O homicídio ocorreu em 8 de março de 2013 e o réu está preso desde maio do ano passado.   O julgamento é presidido pelo juiz Antônio Augusto Calaes de Oliveira e tem como representante do Ministério Público o promotor Francisco Ângelo Silva Assis. Os advogados Délio das Graças Gandra e Tatiana Grazziane Gandra atuam como assistentes de acusação. Já a defesa do réu é feita por Fábio Vieira da Silveira, Vinícius Silva Soalheiro Xavier e Silvestre Antônio Ferreira.   O conselho de sentença é formado por seis homens e uma mulher, que irão decidir que o policial civil é culpado ou inocente do crime. Além dele, Alessandro Neves Augusto, o "Pitote", também é acusado do assassinato, mas será julgado posteriormente já que o processo foi desmembrado.   Acusação do MP   O investigador da Polícia Civil e "Pitote" são suspeitos de integrar um grupo de extermínio, o que ainda está sendo apurado. Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), Alessandro estava na garupa de uma moto pilotada por uma pessoa não identificada quando surpreendeu o jornalista e disparou várias vezes, atingindo-o na cabeça, no tórax e nas costas.   Os acusados também tentaram acertar outro homem, que estava com o repórter quando ele foi alvejado e conseguiu escapar. O itinerário de fuga teria sido traçado pelo investigador, que passou pelo local, minutos antes, viu o jornalista e o companheiro e avisou o comparsa de sua presença e posição. A motivação do crime, ainda de acordo com o MP, foram denúncias feitas por Rodrigo em emissora de rádio, contra crimes que ficaram impunes no Vale do Aço.   Já a razão para a tentativa de homicídio seria silenciar a pessoa que presenciou o assassinato.   Entenda o caso   O jornalista Rodrigo Neto foi executado a tiros quando estava em um bar do bairro Canaã, em Ipatinga, no Vale do Aço, em março do ano passado O repórter era especializado na cobertura de notícias policiais e durante sua carreira denunciou diversos crimes, inclusive envolvendo policiais militares e civis.   Segundo a Polícia Militar, ele saía de um churrasquinho na avenida Selim José de Sales, quando dois homens chegaram em uma motocicleta escura e atiraram em sua direção. A vítima chegou a ser socorrida com vida, mas morreu a caminho do Hospital Márcio Cunha. 

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