Warley Miranda de Oliveira e Gilmar Miranda Correia foram absolvidos pelos jurados do 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, nessa quinta-feira (10). A dupla era acusada de matar o advogado Jayme Eulálio de Oliveira, em outubro de 2013.
Apesar de o juiz Pedro Câmara Raposo Lopes Fernandes determinar a soltura dos dois homens nesse caso, o Ministério Público manifestou interesse de recorrer da decisão do júri popular.
Elaine Cardoso Silva, também acusada de participar do homicídio, teve seu processo desmembrado e o julgamento será no início da manhã do dia 12 de setembro.
Relembre o caso
O advogado Jayme Eulálio de Oliveira trabalhava na área criminal defendendo membros da associação criminosa conhecida como "Cinco de Julho", à qual fazem parte os acusados Warley e Gilmar.
Segundo a denúncia, meses antes do homicídio, a dupla e os outros comparsas roubaram R$300 mil de um posto de gasolina em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Um dos acusados entrou em contato com o advogado para assumir a defesa no caso investigado pelo Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp). Jayme cobrou R$100 mil, justificando que parte desse valor seria voltado ao pagamento de propina aos policiais civis. No entanto, a investigação não foi arquivada e os envolvidos foram presos.
De acordo com o Ministério Público, os integrantes da "Cinco de Julho" perceberam que tinham sido traídos pelo advogado e exigiram a devolução da quantia paga. Porém Jayme se recusou a devolver o dinheiro e fez uma contra-ameaça, afirmando que possuía uma arma de fogo e que seu carro era blindado.
No dia do homicídio, a dupla estacionou o veículo atrás de uma caçamba de lixo, ficando perto da casa da vítima. Jayme foi morto com mais de 30 tiros de fuzil.
Para o MP, a motivação do crime envolveu vingança e utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Leia mais:
Dois acusados de matar advogado no bairro Castelo, em 2013, estão no banco dos réus
Polícia indicia seis por execução de advogado no bairro Castelo
Acusados de matar advogado são inocentados por júri popular

O Ministério Público manifestou interesse em recorrer da decisão
Publicidade
Publicidade
Comentários