Acusados de morte brutal de universitária no Sul de Minas são condenado a 17 anos de prisão

Da Redação
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06/12/2017 às 09:58.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:04
 (Joubert Oliveira/TJMG )

(Joubert Oliveira/TJMG )

Dois dos três acusados de matar a estudante universitária Larissa Gonçalves de Souza, na cidade de Extrema, Sul de Minas, em outubro de 2015, foram condenados no fim da noite dessa terça-feira (5), durante julgamento na comarca de Cambuí, também no Sul do Estado. Ambos foram condenados a 17 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado, após dois dias de julgamento.

Os acusados, o comerciante José Roberto dos Santos Freire e o garoto de programa Valdeir Bispo dos Santos, foram condenados por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe e pelo crime de ocultação de cadáver. 

A terceira acusada do crime, a técnica de enfermagem Rosiane Rosa da Silva, acusada de participar do sequestro e morte da estudante, também seria julgada juntamente com os demais acusados, mas teve o julgamento adiado para outra data a ser definida, após seu advogado apresentar atestado médico.

Durante o julgamento, a promotora Rogéria Leme destacou a violência com a que o crime aconteceu. Ela enfatizou a força dos golpes e a existência de uma lógica que explica a participação dos dois para efetivar a morte.

O defensor público Luciano Guarnieri, que defendeu Valdeir Bispo, usou da estratégia de atacar "a deficiência do Estado na formação do cidadão e as consequências disso na falta de oportunidades sociais" para tentar inocentar o réu. Mas a estratégia não foi aceita pelo júri.  

Já os advogados Roberto Soares e Mauro Corsi, insistiram que o sentimento de José Roberto pelo namorado da vítima foi a motivação do crime. O advogado Roberto Soares chegou a apresentar, durante a tréplica, a tese de violenta comoção, que prevê redução da pena.

A tese foi criticada pela promotora Rogéria Leme, que enfatizou a impossibilidade de a vítima ter "provocado" ou contribuído para que o crime acontecesse.

Relembre o caso

A estudante Larissa foi assassinada no dia 23 de outubro de 2015, aos 21 anos, no bairro Ponte Nova, em Extrema. A jovem teria sido sequestrada na rodoviária da cidade pelos três réus – o comerciante José Roberto dos Santos Freire, o garoto de programa Valdeir Bispo dos Santos e a técnica de enfermagem Rosiane Rosa da Silva –, tendo sido, em seguida, levada para a casa do comerciante, onde foi morta.

Segundo a denúncia, o corpo foi enrolado em uma sacola plástica e levado a uma área de mata da cidade, onde foi jogado em uma ribanceira.

De acordo com o Ministério Público, a vítima foi encontrada amarrada pelos punhos e tornozelos e com a cabeça encoberta por fita adesiva. A morte teria ocorrido por asfixia, mas a jovem apresentava fraturas no punho e no maxilar, provocadas por golpes com um peso de academia.

O comerciante teria planejado a morte de Larissa por ter interesse no namorado dela. O outro acusado teria sido motivado a assassinar a jovem mediante uma recompensa de R$ 1.000. E a técnica de enfermagem, apenas porque o comerciante pediu a ajuda dela no crime.
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