Adolescente é apreendida e confessa que matou a avó após briga e escondeu corpo por 2 meses

José Vítor Camilo
05/03/2019 às 17:55.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:50
 (REPRODUÇÃO / GOOGLE STREET VIEW)

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Foi apreendida pela Polícia Militar (PM), na tarde desta terça-feira (5), a adolescente de 17 anos suspeita de assasinar e esconder por cerca de dois meses o corpo da própria avó. A detenção aconteceu menos de 24h após o corpo da vítima de 57 anos ser encontrado na casa onde vivia, em um condomínio de luxo no bairro Copacabana, na Pampulha, em Belo Horizonte. A menor confessou o assassinato, que teria acontecido ainda em janeiro, e a ocultação do cadáver. 

Conforme a corporação, desde o encontro do corpo, por volta das 17h30 de segunda-feira (4), policiais iniciaram um rastreamento em vários endereços em busca da suspeita, sendo que a adolescente acabou localizada na casa de um tio materno, no bairro Fernão Dias, onde se escondia e aguardava para viajar para outra cidade. 

O tenente Thiago Resende, do Tático Móvel do 49º Batalhão da PM, que atuou na apreensão da menor, contou que ela estava bastante fria durante o depoimento, sem demonstrar muito arrependimento. "Ela disse que chegou tarde de uma festa e brigou com a avó, que a agrediu. Para se defender, ela teria pegado a faca e desferido três golpes na barriga da vítima, que caiu. Em seguida, ela a enrolou no lençol da cama e lacrou o quarto com lona e fitas para evitar que o mau cheiro saísse para fora", contou.

O crime bárbaro foi descoberto na tarde de segunda após a filha da vítima, de 32 anos, conseguir acessar a casa, localizada no interior do condomínio Villa Borghese, e encontrar o corpo em avançado estado de decomposição. Aos policiais, a mulher contou que há algum tempo vinha tentando contato com a mãe, sem sucesso. Assustada com a ausência, ela resolveu ir até a casa e, como não achou ninguém, acionou um chaveiro.

Menor se passou pela avó em mensagens

Ainda conforme o tenente Thiago Resende, após matar a avó, a suspeita passou a responder mensangens de familiares que recebia via aplicativos do telefone da vítima. "O objetivo era fazer parecer que estava tudo bem, para não levantar a suspeita sobre a morte", disse o militar. 

Durante os dois meses que se passaram após a morte da mulher - que criava a adolescente há algum tempo e chegava a ser chamada de "mãe" por ela -, a garota chegou a dar várias festas na casa, sendo a última delas, segundo o relato de vizinhos à PM, há cerca de 15 dias. 

Além disso, os levantamentos iniciais da PM indicaram diversos gastos nos cartões pessoais da vítima, que era viúva de um coronel da reserva e recebia uma pensão mensal de aproximadamente R$ 30 mil. 

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